sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Com vistas a 2018, Alckmin ressuscita o inacreditável Roberto Freire



Luis Nassif


As análises dos grupos de mídia sobre o ministério de Dilma obedecem ao seguinte manual:

1. Se for um Ministério eminentemente técnico, critique pelo fato de Dilma enfraquecer a base de apoio. E não elogie pelo fato de ser um Ministério técnico.

2. Se for um Ministério eminentemente político, critique o fato de Dilma não montar um Ministério técnico. E não reconheça que o Ministério fortaleceu a base de apoio.

3. Se o Ministério contentar o grupo majoritário de um partido da base, dê a palavra ao grupo minoritário, preferencialmente em off, e coloque as reclamações debaixo de um genérico: “Ministério descontentou partido da base”. Não explique que descontentou apenas o lado minoritário, caso contrário enfraquece a crítica.

Não aplique os mesmos critérios na análise do Secretariado de Alckmin. Na Folha de hoje, diz-se que Alckmin está escolhendo um secretariado com vistas às eleições de 2018.

Os dois candidatos apresentados são Roberto Freire, a mais deplorável herança que o comunismo-fisiológico legou à política brasileira; e José Luiz Penna, segundo suplente do PV.

Há tempos a representatividade de Freire reduziu-se a ele e meia dúzia de apaniguados. Dos tempos do velho comunismo herdou apenas a virulência desqualificadora, a capacidade de regurgitar ódio, o uso de qualquer ferramenta para a luta política. E a serviço de quê? De Serra, de Campos, de Alckmin e de quem mais vier, sem um vestígio de princípios políticos legitimadores.
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