segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A "NOVA RECEITA" DO CABEÇA DE PLANILHA NO "NOVO" GOVERNO DILMA


Futuro ministro da Fazenda falou ao Valor Econômico sobre os rumos da economia brasileira; 
ajuste fiscal está no centro das atenções e terá como resultado um superávit primário de R$ 66 
bilhões em 2015.

“Dualidade do crédito”.
“Focar na convergência das taxas”.
“Diminuição da dualidade do crédito”.
Esse foi o foco da entrevista que o novo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy concedeu ao PiG 
cheiroso, nessa segunda-feira (29).
Trata-se, simplesmente, de aumentar os juros do Banco do Brasil, da Caixa e do BNDES, como 
começou a ser feito.
O que pode não ser muito diferente do que prometia o Armínio Naufraga, na campanha de Aécioporto.
A diferença deve estar na ênfase, na intensidade…
Talvez seja indispensável reduzir o “subsídio” das taxas dos bancos oficiais, que foram decisivos na
fase de recuperação da economia, na crise de 2008.
Embora, aparentemente, nos bancos oficiais, subsídios não corresponderem a aumento da 
inadimplência.
Porém, hoje, para arrumar a casa, talvez, o Levy tenha razão.
O Conversa Afiada, que bem poderia administrar o Ministério da Fazenda, como os contadores do 
Sílvio Santos, considera que taxar os ricos, como sugere o Mestre Piketty; e recriar a CPMF, como 
sugerem governadores eleitos do Nordeste teriam efeitos saudáveis, transparentes e de sensacional 
resultado redistributivo !
Mas, essas ideias pareceriam pornográficas num jornal como o PiG cheiroso.
O Ministro também avança sobre outra estepe escorregadia: a terceirização, onde os trabalhadores da 
CUT o esperam com canhões pesados.
Joaquim Levy prega cautela na expansão do crédito e cita exemplos de Estados Unidos e China para
justificar as mudanças; "Nos Estados Unidos, os estímulos fiscais saíram de cena desde 2013, 
inclusive com o Tesouro vendendo ações das empresas em que teve que intervir"; Levy sinaliza 
abertura da economia nacional como forma de encarar a retração; "A expansão do nosso comércio 
exterior, mesmo em um quadro em que a economia internacional não anda muito forte, vai ser 
essencial".

Jeffrey Sachs, um dos mais respeitados analistas da economia mundial, assinalou, faz poucos dias

”(…) enquanto a China vem crescendo em termos de economia e de geopolítica, os EUA parecem 
fazer o possível para desperdiçar suas próprias vantagens econômicas, tecnológicas e geopolíticas. 
O político dos EUA foi capturado pela cobiça de suas elites ricas, cujos propósitos estreitos são 
reduzir o imposto sobre os indivíduos e empresas, maximizar suas imensas fortunas pessoais e tolher 
a liderança construtiva dos EUA no desenvolvimento econômico do resto do mundo. Eles 
desprezam tanto a assistência dos EUA ao mundo que deixaram as portas abertas para a nova 
liderança mundial da China no financiamento ao desenvolvimento.

Quem não enxergar isso, não vê o futuro.
________________________________________________

Nenhum comentário: