“Marina Silva acabou no domingo 12 de outubro, quando virou as costas para sua própria
trajetória ao declarar voto no candidato Aécio Neves, o representante de uma política econômica
ostensivamente contrária à valorização do salário mínimo e à ampliação das políticas sociais e de
inclusão. Com o capital eleitoral que conseguiu reunir no primeiro turno (21,32 % do total de votos,
ou 22.176.619 eleitores), Marina poderia ajudar sua Rede Sustentabilidade a se consolidar como a
tal terceira via de que tanto falou antes. Ela preferiu juntar-se a forças bem conhecidas dos
brasileiros: Que criminalizam os movimentos sociais; que atentam contra a liberdade de imprensa;
que são apoiadas pela chamada “Bancada da Bala”, por Silas Malafaia e por Marcos
Feliciano. Sem contar que os votos de Levi Fidelix (PRTB, o idiota que fez do aparelho excretor um
programa de governo) devem ir para Aécio também. Marília de Camargo César, autora da
biografia “Marina: a vida por uma causa” (editora Mundo Cristão, 2010), conta que, diante de um
problema de difícil resolução, a ex-ministra costuma praticar a “roleta bíblica”, que consiste em
abrir a Bíblia aleatoriamente, para saber o que Deus recomendaria na situação. Não é difícil
imaginá-la nesse mister quando ela se saiu com a idéia de pedir que o PSDB reconsiderasse a
campanha pela redução da maioridade penal, como condição sine qua non a seu apoio. Aécio
respondeu sem pestanejar: não! E assim acabou-se mais uma convicção “firmíssima” de Marina.
Descansa em paz, Marina!”
Por: Miguel do Rosário
A velha roda das traições nunca pára.
Quando se deixa o ressentimento tomar conta da consciência política, a tendência, quase sempre, é dar
Por: Miguel do Rosário
A velha roda das traições nunca pára.
Quando se deixa o ressentimento tomar conta da consciência política, a tendência, quase sempre, é dar
a volta a si mesmo e se tornar o oposto de tudo que já se foi.
Foi assim com Carlos Lacerda.
Foi assim com Roberto Freire.
Foi assim com Marina Silva.
Marina Silva fez a sua vida política dentro do PT.
Teve solidariedade, apoio e recursos do partido, que a resgatou de um destino obscuro no longínquo
Foi assim com Carlos Lacerda.
Foi assim com Roberto Freire.
Foi assim com Marina Silva.
Marina Silva fez a sua vida política dentro do PT.
Teve solidariedade, apoio e recursos do partido, que a resgatou de um destino obscuro no longínquo
Acre para uma trajetória brilhante: foi vereadora, deputada e, enfim, senadora.
Lula a faz ministra de Estado, coroando sua carreira.
Por que Marina entrou na política?
Ela o fez porque, junto com Chico Mendes, sentia que precisava lutar contra a opressão capitalista, que
Lula a faz ministra de Estado, coroando sua carreira.
Por que Marina entrou na política?
Ela o fez porque, junto com Chico Mendes, sentia que precisava lutar contra a opressão capitalista, que
explora o trabalhador, que desmata florestas, que ignora as condições miseráveis do pobre, que usa o
Estado apenas para beneficiar os ricos.
Lutando contra isso, ela entrou no PT, e o PT, quando chegou ao poder federal, iniciou os maiores
Lutando contra isso, ela entrou no PT, e o PT, quando chegou ao poder federal, iniciou os maiores
programas sociais da história do nosso país, reduziu brutalmente o desmatamento da Amazônia, salvou
a agricultura familiar do destino cruel que o neoliberalismo tentava lhe reservar.
Marina sequer nega isso, tanto que, em sua campanha, sempre elogiou as conquistas sociais do
Marina sequer nega isso, tanto que, em sua campanha, sempre elogiou as conquistas sociais do
governo Lula.
Então o que faz Marina Silva agora apoiar Aécio Neves, representante do mais duro neoliberalismo?
Do neoliberalismo que oprimiu milhões de pessoas, não só no Brasil?
Simples, a sua opção segue a escala de seu ressentimento.
O TSE não aprovou a criação de seu partido?
Culpa do PT.
Não chegou ao segundo turno?
Culpa do PT.
Daí que, de candidata que tentou associar a si mesma aos protestos de junho, Marina agora se liga ao
Do neoliberalismo que oprimiu milhões de pessoas, não só no Brasil?
Simples, a sua opção segue a escala de seu ressentimento.
O TSE não aprovou a criação de seu partido?
Culpa do PT.
Não chegou ao segundo turno?
Culpa do PT.
Daí que, de candidata que tentou associar a si mesma aos protestos de junho, Marina agora se liga ao
partido que defendeu abertamente a criminalização dos manifestantes.
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