quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Mundo tem 60 dias para frear epidemia de ebola, avisa ONU


Cuidados com ebola não são suficientes na maior parte dos países, alega órgão de saúde
internacional


Até o final desta semana, o planeta atingirá a marca de 9 mil casos de ebola e 4.500 mortes. A
informação foi revelada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma reunião que aconteceu 
nesta manhã.
A batalha do mundo contra a pior epidemia já registrada desta doença ganhou novos contornos nesta 
semana, depois que a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu alertas preocupantes sobre a 
seriedade da situação e disse que os esforços atuais da comunidade internacional “não são suficientes.”
“Ou paramos o ebola agora ou enfrentaremos uma situação sem precedentes e para a qual não temos 
um plano”, alertou Anthony Banbury, chefe da missão da ONU que se dedica ao combate da doença.
Ainda segundo ele, considerando o início de outubro, o mundo tem 60 dias para colocar 70% das 
pessoas infectadas em tratamento e 70% dos mortos enterrados de forma adequada. Caso contrário, a 
quantidade de novos casos aumentará e sobrecarregará a capacidade de resposta que é possível 
promover hoje.
No início da semana, a OMS revisou as estimativas futuras sobre a epidemia e prevê que, até o final do 
ano, podem ser registrados entre 5 mil e 10 mil novos casos por semana. O aumento é significativo, 
especialmente considerando que atualmente a incidência está na casa de mil.
“Levará meses antes que seja possível frear esta epidemia. Enquanto isso, temos que garantir que a 
doença não se espalhe para outros países”, declarou uma porta-voz da OMS na reunião desta quinta-
feira.
Pânico nos Estados Unidos 

Amber Vinson, a segunda enfermeira infectada enquanto tratava o paciente liberiano Thomas Duncan 
que contraiu ebola e morreu em Dallas, nos EUA, recebe tratamento em um hospital de Atlanta, após
surgirem notícias de que autoridades não a impediram de embarcar em um voo comercial mesmo após
ela ter registrado leve febre, um dia antes de ter sido diagnosticada com ebola.
A enfermeira voou com a Frontier Airlines, que informou nesta quinta que seis tripulantes foram postos
de licença remunerada por 21 dias por "excesso de precaução”, de acordo com a Reuters. Com a
decisão, foram afastados temporariamente, dois pilotos e quatro comissários de bordo do voo 1143,
que fazia o trajeto de Cleveland para Dallas no dia 13 de outubro.
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