O Clube Militar, formado por oficiais da reserva, confirmou nesta terça-feira 7 o apoio a Aécio Neves
(PSDB) na disputa do segundo turno das eleições presidenciais. Segundo a entidade, o tucano é "uma
esperança concreta de colocar fim à era petista".
O texto do Clube Militar tem uma mudança de tom importante diante do comunicado publicado
O texto do Clube Militar tem uma mudança de tom importante diante do comunicado publicado
durante o primeiro turno. No início de setembro, a entidade rejeitou apoio a Marina Silva (PSB) e
afirmou defender a candidatura tucana como a "menos pior". Agora, o Clube Militar decidiu
"enumerar as vantagens" a favor de Aécio "pela salutar e democrática alternância do poder que
ensejará". Segundo os militares, Aécio tem em seu currículo um "excelente desempenho
administrativo" no governo de Minas Gerais e afasta, com sua eleição para presidente da República, "a
preocupação de vivermos no limbo de uma possível mudança de regime que nos colocaria à margem
da democracia, visto que o PSDB, apesar de esquerda, foge ao radicalismo nocivo e extremado".
Mais importante que isso, o Clube Militar afirma que a vitória de Aécio é importante para evitar que o
Brasil siga pelo caminho da União Soviética comunista. Segundo os oficiais da reserva, o
decreto 8243, que institui a Política Nacional de Participação Social, "cria sovietes no Brasil" que
"pretendem 'aprofundar o socialismo'". A "resistência e recuperação" de Aécio, diz o clube, "dão-lhe
as credenciais necessárias para interromper o projeto de poder representado pelo PT, em marcha
acelerada para a sovietização do país, virando uma página negra de nossa história".
Abaixo, a íntegra da nota do Clube Militar:
QUE FUTURO QUEREMOS?
Eis que ultrapassamos o passo inicial das eleições gerais brasileiras em 2014!
O cenário político brasileiro, cristalizado em um segundo turno eleitoral entre Dilma e Aécio, apresenta aos brasileiros uma bifurcação com dois possíveis caminhos a serem seguidos.
Há os que não concordam com as mirabolantes teses esquerdistas que falharam em todo o mundo; os que se revoltam com a sequência de escândalos de corrupção gerados e geridos pelo PT e seus militantes; os que acreditam na democracia, na alternância dos partidos no poder, no primado da lei igual para todos, na liberdade de expressão, na independência e na soberania do Brasil, na separação e independência dos Poderes – enfim, os democratas.
Por outro lado, tendendo a um imobilismo político execrável, há os que desejam a permanência do estado de coisas atual. Neste, existe o atrelamento à origem comunista; à subordinação dos interesses nacionais a um terceiro-mundismo mofado e que leva ao isolamento em relação aos maiores centros de poder do mundo; à teimosia obsessiva, arrogância e vaidosa visão messiânica de suas pessoas etc. Nele, perdura o risco das “comissões” previstas no Dec 8243, que cria sovietes no Brasil, e pretendem “aprofundar o socialismo”, um eufemismo para a intensificação dos ataques à democracia e à liberdade. Dilma controla com mão de ferro a falta de política econômica consistente; não consegue disfarçar a revolta por, ainda, depender de seu guru e criador, que interfere acintosamente em sua administração, sendo notório que sua autoestima ficou abalada por ter que disputar um segundo turno, quando contava, inicialmente, vencer no primeiro.
Aécio Neves, habilitado à disputa do segundo turno das eleições presidenciais, é uma esperança concreta de colocar fim à era petista. Sua resistência e recuperação, quando tudo parecia perdido, dão-lhe as credenciais necessárias para interromper o projeto de poder representado pelo PT, em marcha acelerada para a sovietização do país, virando uma página negra de nossa história.
Pode-se começar a enumerar vantagens a seu favor pela salutar e democrática alternância do poder que ensejará. Sua vitória possibilitará, também, o importantíssimo desaparelhamento do Estado, hoje, executado em prol das intenções do PT. O candidato Aécio, ex-governador de Minas Gerais, trás em seu currículo esse excelente desempenho administrativo. Por fim e muitíssimo relevante, afasta-nos da preocupação de vivermos no limbo de uma possível mudança de regime que nos colocaria à margem da democracia, visto que o PSDB, apesar de esquerda, foge ao radicalismo nocivo e extremado.
Marco Antonio Villa, O Globo de 7/10/2014, foi feliz em sua síntese:
“Basta de PT
A eleição presidencial de 2014 decidirá a sorte do Brasil por 12 anos. Como é sabido, o projeto petista é se perpetuar no poder. Segundo imaginaram os marginais do poder – feliz expressão cunhada pelo ministro Celso de Mello quando do julgamento do mensalão -, a vitória de Dilma Roussef abrirá caminho para que Lula volte em 2018 e, claro, com a perspectiva de permanecer por mais 8 anos no poder”.
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