quinta-feira, 4 de setembro de 2014

DATACAF VERSUS GLOBOPE E DATA FALHA: “EFEITO MANADA” CESSOU



A divulgação, hoje, duas horas depois do Ibope, da pesquisa Datafolha, diz mais do que os números, eventualmente, possam mostrar.
Nunca vi uma empresa de comunicação, fora da “boca de urna”, contratar duas pesquisas como fez a Globo, hoje, para serem divulgadas no mesmo dia.
É o “mundo mágico” das pesquisas brasileiras, com dois institutos – Ibope e Datafolha – e um contratante, a Globo.
É provável que a “dose dupla” de pesquisas hoje se destinasse a mostrar algo que era esperado por muitos analistas, da oposição e até do governo: Marina dois ou três pontos à frente de Dilma no primeiro turno.
Mas deu xabu.
No Ibope, Dilma cresce e Marina reduz muito a velocidade de crescimento.
No Datafolha, que tem um dia mais recente na apuração, Marina não apenas pára de subir enquanto Dilma, ainda que dentro da margem de erro, sobe.
Marina, como disse no post anterior, começa a fazer sua curva.
Cedo para dizer se é um movimento abrupto de descida o que vem por aí.
Mas há sinais, sobretudo pela sectarização da imagem da candidata do PSB.
Em ambas as pesquisas, a vantagem de Marina sobre Dilma num suposto segundo turno, aperta-se a sete pontos, bem menos que há uma semana.
A coisa, como diz aquele locutor esportivo, já esteve melhor para Marina Silva.
Repito o que disse no outro post: se a direita convencer-se que Marina não será o seu “cavalo” nesta disputa presidencial, poderá “sacrificá-la” antes da hora.
E juntar os cacos do PSDB.
Não tenho dúvidas de que é isso que, a essa altura, fala-se nos telefones vip que ligam nossas redações ao alto comando do tucanato.
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O Tracking DataCaf de hoje mostra uma “estabilização pra cima” da Presidenta Dilma.
Ela estava com 35 a 32 para a Bláblá.
Mantem os 35 com viés de alta – diriam os economistas de banco …
E a Blablá desce para “a casa dos 20”.
Porque a Blablá perdeu oxigênio no poço de contradições que é, na verdade, um abismo de contradições.
Passado o efeito mais intenso do veloriomicio, muita gente começa a se perguntar: mas, esse moralismo difuso, essa “roleta biblica” , isso governa um país ?
Isso pode mobilizar uma classe média que se beneficiou dos governos Lula e Dilma, mas não sabe.
Pensa que foi o Papai do Céu que enviou.
E ela mesma, sozinha, conseguiu.
E tem a juventude enraivecida, também sem parâmetro de comparação.
Para tudo isso coopera o “envenenamento” de que falava o grande presidente João Goulart, durante doze anos ministrado pela Globo e derivados, da Urubóloga àquele que recebeu uma banana de presente – leia a notável analise do Marcos Coimbra .
Porém, o FHC envenenou a Bláblárina irreversivelmente.
Como provocou a morte prematura do seu discípulo, o Arrocho Never.
O queridinho do PSDB, Tasso tenho jatinho porque posso Jereissati não menciona Arrocho nem FHC na campanha para senador no Ceará.
Foge dele como o diabo da cruz.
E ela, a Bláblá se pendura no Tripé da Morte, ou dos idiotas.
A humilhação a que se submeteu por três twitters do Malafaia.
A renúncia e o recuo ao pré-sal.
E o jatinho, que, a cada dia que passa fica mais parecido com uma atividade criminosa de uso de Caixa Dois em campanha eleitoral e diante do qual o PT se odarelou todo.
Tudo conta.
O “efeito manada” se desfaz.
Se desfaz com o “cartesianismo” de que a Dilma foi por ela impiedosamente acusada num debate.

Paulo Henrique Amorim
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