Hoje, em coletiva após a Cerimônia de abertura do Debate de Alto Nível da 69ª Assembleia da ONU,
a presidenta Dilma Rousseff esclareceu uma acusação feita por Marina Silva(link is external) sobre o
Brasil não ser signatário de um acordo internacional sobre florestas. "Aquela declaração foi
apresentada por alguns países, não foi apresentada pela ONU, não é uma declaração da ONU sobre
florestas. Foi apresentada por três países: Alemanha, Reino Unido e Noruega, algumas ONGs e
empresas internacionais, empresas privadas internacionais", disse.
Dilma esclareceu que, primeiramente, o Brasil não foi consultado sobre os termos da Declaração de
Nova York sobre florestas. Os organizadores do manifesto alegam ter tentado entrar em contato com o
governo brasileiro, sem sucesso: “Nunca nos consultaram. Um dos assessores disse que não nos
acharam, coisa um pouco difícil dado o tamanho do país. Além disso, além de não terem nos
consultado, tem uma segunda questão: eles propõem algo que é contra a lei brasileira”, declarou Dilma
em coletiva na ONU.
A presidenta se refere ao fato de o documento não fazer distinção entre desmatamento legal e ilegal. A
lei brasileira permite o manejo sustentável de florestas(link is external) e derrubada de áreas para
agricultura, dentro de limites estabelecidos. Essa medida é importante para a obtenção de benefícios
sociais e ambientais - inclusive de populações tradicionais - respeitando, claro, os mecanismos de
sustentação do ecossistema objeto do manejo. “Muitas pessoas vivem do manejo florestal, que é o
desmatamento legal, sem danos ao meio ambiente”, explicou a presidenta. Sendo assim, seria inviável
para o Brasil assinar o acordo, que prevê desmatamento zero até 2030.
Vale destacar que o documento é uma carta de intenções para conter a emissão anual de gás carbônico
(CO2) entre 4,5 e 8,8 bilhões de toneladas. Não tem, portanto, valor legal. Também é importante
lembrar que o Brasil mantém um acordo com o governo Norueguês para preservação ambiental. Um
relatório divulgado pela Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad) neste
ano mostra que o Brasil “teve um bom progresso para proteger a floresta amazônica” e “a taxa de
desmatamento do Brasil e as correspondentes emissões de gases-estufa caíram fortemente”.
Marina, que se diz especialista em Meio Ambiente, ao que parece, carece de expertise em gestão. Nós,
doMuda Mais, estamos aqui para divulgar a verdade, justamente por isso. Não basta querer criar fato
político, candidata. Tem que mostrar fatos e argumentos.
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