sábado, 9 de agosto de 2014

JAMENTE: Ação da PGE contra a CELPA em nada aproveita ao consumidor paraense



A Procuradoria Geral do Estado do Pará, com o viés de insurgência contra o aumento requerido pela
CELPA e autorizado pela ANEEL, de 34,96%, ajuizou Ação Civil Pública que tenta impedir a
concessionária de aplicar o aumento referido.
O governo aproveita o desconhecimento da população para cinicamente induzi-la em erro de avaliação
e aproveitar politicamente o objeto: todos os que leem a notícia imaginam que, caso o governo logre
êxito na empreitada, o aumento será represado e as contas de luz manterão os preços anteriores para
todos os consumidores, o que não é verdade.
O Estado do Pará é pessoa jurídica de direito público interno e como tal não tem legitimidade para
representar a população judicialmente. Caso logre êxito na empreitada, os efeitos auferidos serão
exclusivamente restritos a ele, ou seja, o aumento não será aplicado apenas nas contas de consumo dos
bens pertencentes ao Estado, e a população continuará recebendo a conta com o aumento de 34,96%.
Só quem pode acudir a população em uma ação da espécie é o Ministério Público Federal, que já
ensaia o procedimento com maior e mais responsável embasamento, sem o açodamento do governo do
Pará, que pretende apenas enganar a população em momento eleitoral.
Como o disse o Marquês de Maricá, “há enganos que nos deleitam, como desenganos que nos
afligem”, mas para tal estratagema, que acha que todos são bobos, volto com aquela do Alphonse
Allais: “O cinismo destrói a eficácia.”
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Um comentário:

Anônimo disse...

Estranho esse reajuste na tarifa de energia elétrica. Como pode uma agência de regulação, que tem por essência a defesa dos interesses do consumidor, autorizar de forma imediata e obscura, um reajuste absurdo como esse? Justamente em período próximo as eleições. Quem são essas pessoas ligadas a ANEEL e Rede Celpa que negociaram secretas planilhas de cálculos? Agora aparecem os "defensores do povo", no afã de lucrar nas urnas. Como o atual governador, que foi responsável pela atrapalhada privatização, falência e a ridícula venda por 1 real dessa empresa. Ele que poderia ter evitado tamanho prejuízo ao Povo do Pará se tivesse atitude fiscalizar as contas dessa empresa que presta um pessimo serviço publico. Agora corre atrás do prejuízo com uma ação judicial para tentar barrar o reajuste estender uma cortina de fumaça pra encobrir a imagem de um governo inoperante, negligente e entreguista do patrimônio publico. Só abrindo a caixa preta dessa empresa e federalizando esse serviço.