“Rameira! Ponha-se daqui pra fora!”
(Fernando Henrique Cardoso, em 1990)
No Blog da Cidadania
O escritor Palmério Dória não poderia ter sido mais feliz ao iniciar o best-seller “O Príncipe da
Privataria” (Geração Editorial) com o relato da expulsão de uma então jornalista da Globo do gabinete
do então senador Fernando Henrique Cardoso, no início dos anos 1990, quando ele se preparava para
disputar a Presidência da República pela primeira vez.
Para quem não leu a saborosa obra de Dória, vale explicar que aquela jornalista fora comunicar a FHC
– então casado com a hoje falecida antropóloga Ruth Cardoso – que esperava um filho seu, o que, para
si, constituiria uma tragédia política.
Essa passagem do livro narra a gênese da longa trajetória de Miriam Dutra Schmidt que começaria a
partir dali, quando foi ao gabinete do promissor político que se tornaria o novo ícone da direita
brasileira, posição que ocupa até hoje.
Com o “problema” político para aquele que se tornaria o grande aliado da Globo ao longo de seu
mandato como presidente da República (1995-2002), a emissora decidiu “exilar” a moça, tornando-a
sua “correspondente” na Espanha, onde permanece até hoje.
A personagem “Miriam Dutra” impressiona pela escassez de informações sobre si, apesar de seu caso
com um dos políticos mais importantes do país. Mesmo fazendo busca no site Globo.com, o que se
encontra é muito pouco.
Em busca no portal da Globo, além de reprodução de matérias que saíram em toda grande imprensa
quando FHC decidiu reconhecer publicamente o filho que teve com Miriam (2009), só há algumas
raras matérias que ela fez para a emissora.
O pouco que há no site da Globo sobre Miriam como sua correspondente na Espanha só chega até o
início de 2010. Uma das matérias que sustentaram a “dolce vita” da ex-amante de FHC na Europa
após supostamente engravidar dele é de janeiro de 2010, no programa “Em Cima da Hora”, que tratava
do “caos nas praias brasileiras”. Coube a Miriam exaltar a diferença entre as praias espanholas e as
brasileiras.
Clique na imagem para ver a matéria
Em agosto de 2010, na busca da Globo.com há um outro link para outro dos raros trabalhos de Miriam
para a emissora. O site informa que se trata de “entrevista feita pela correspondente Mirian Dutra com
o jornalista e porta-voz dos dissidentes cubanos em Madri, Julio César Galvéz”.
Curiosamente, porém, ao tentar assistir ao vídeo o internauta é informado de que se trata de “conteúdo
não disponível”.
Contudo, comentário postado por uma leitora da Globo.com nessa página indica como foi feita a
matéria, ainda que não explique por que ela foi retirada do ar.
Diz a internauta “Maria Adelia Endres”, em 6 agosto de 2010 às 17:35 hs:
“Seria muito importante que a entrevista fosse passada no Fantástico, onde toda a população brasileira
pudesse ver a vergonha que é Cuba. A vergonha que Fidel tornou o país. Eu visitei Cuba na década de
90 o sistema já estava mais do que podre, e tudo o que vejo recentemente está 200 vezes pior (…)”
Enfim, essa “importante” atuação jornalística de Miriam na Globo termina em 2010.
Enfim, essa “importante” atuação jornalística de Miriam na Globo termina em 2010.
De lá para cá, nada mais consta no site da Globo sobre a ex-amante do ex-presidente tucano.
E a última notícia sobre ela na grande mídia brasileira é de 2011, quando se tornou público que um
exame de DNA mostrara que o filho que a jornalista teria tido com FHC, não era dele.
No início de junho, porém, um vídeo surge no You Tube. Mostra Miriam Dutra Schmidt em um
programa da televisão espanhola engrossando o coro de certa “esquerda” contra a realização da Copa
de 2014 no Brasil.
Tratou-se do programa “Detrás de la razón”, ou, em bom português, “por trás da razão”. O
apresentador faz uma introdução em que encampa, ipsis-litteris, o discurso anticopa da tal “esquerda”
que, em plena competição, tratava de tentar manter o movimento vivo promovendo protestos
pequenos, porém muito violentos.
Eis que o apresentador chama para um debate ninguém mais, ninguém menos do que ela, Miriam
Dutra, e o acadêmico chileno Pablo Jofré. As missões de ambos, naquele programa, eram,
respectivamente, atacar e defender a realização da Copa no Brasil.
O que chama atenção nas falas de Miriam é o espanhol capenga, apesar de residir por tantos anos na
Espanha. Mas não só: a ex-amante de FHC cita uma série de dados errados sobre a Copa, tais como
custo etc. Além disso, ataca duramente o povo brasileiro com frases como “Não sabe escrever, mas
sabe jogar futebol”.
O apresentador abre o programa perguntando a Miriam sobre frase dos militontos que protestavam
violentamente contra a Copa: “Um professor vale mais do que Neymar”, como se alguém estivesse
comparando ou fazendo tal escolha”.
Em mau espanhol, Miriam começa a catilinária antibrasileira “explicando” que “Es las contradiciones
de Brasil”, ao invés de dizer que “SON LAS CONTRADICIONES DE BRASIL”. Em seguida, diz
que professores são mais importantes que Neymar, dando a entender ao público espanhol que o
governo investe no craque em lugar de investir em educação.
O analista internacional Pablo Jofré rebate, explicando que não são contradições “do Brasil”, mas dos
países latino-americanos.
O programa transcorre com o embate entre o perplexo acadêmico chileno e a verborrágica jornalista
brasileira, que distorce dados, cita números errados e diz a enormidade de que o sucesso de
organização da Copa se deve “ao povo brasileiro”, que pouco antes insultara com a frase sobre não
saber escrever, mas saber jogar futebol.
A grande questão que o ressurgimento de Miriam Dutra levanta é a coincidência entre suas opiniões
políticas e as da Globo e as do seu ex-amante, bem como do partido dele.
Miriam Dutra não importa, mas o trabalho que está promovendo na mídia espanhola é relevante.
Sugere que suas relações políticas com a mídia tucana e com FHC prosseguem informalmente e, mais
do que isso, que tucanos e a mídia que os apoia tratam de espalhar pelo mundo a difamação do Brasil,
do seu povo e do seu governo.
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O que chama atenção nas falas de Miriam é o espanhol capenga, apesar de residir por tantos anos na
Espanha. Mas não só: a ex-amante de FHC cita uma série de dados errados sobre a Copa, tais como
custo etc. Além disso, ataca duramente o povo brasileiro com frases como “Não sabe escrever, mas
sabe jogar futebol”.
O apresentador abre o programa perguntando a Miriam sobre frase dos militontos que protestavam
violentamente contra a Copa: “Um professor vale mais do que Neymar”, como se alguém estivesse
comparando ou fazendo tal escolha”.
Em mau espanhol, Miriam começa a catilinária antibrasileira “explicando” que “Es las contradiciones
de Brasil”, ao invés de dizer que “SON LAS CONTRADICIONES DE BRASIL”. Em seguida, diz
que professores são mais importantes que Neymar, dando a entender ao público espanhol que o
governo investe no craque em lugar de investir em educação.
O analista internacional Pablo Jofré rebate, explicando que não são contradições “do Brasil”, mas dos
países latino-americanos.
O programa transcorre com o embate entre o perplexo acadêmico chileno e a verborrágica jornalista
brasileira, que distorce dados, cita números errados e diz a enormidade de que o sucesso de
organização da Copa se deve “ao povo brasileiro”, que pouco antes insultara com a frase sobre não
saber escrever, mas saber jogar futebol.
A grande questão que o ressurgimento de Miriam Dutra levanta é a coincidência entre suas opiniões
políticas e as da Globo e as do seu ex-amante, bem como do partido dele.
Miriam Dutra não importa, mas o trabalho que está promovendo na mídia espanhola é relevante.
Sugere que suas relações políticas com a mídia tucana e com FHC prosseguem informalmente e, mais
do que isso, que tucanos e a mídia que os apoia tratam de espalhar pelo mundo a difamação do Brasil,
do seu povo e do seu governo.
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