Luis Nassif
Assim como Joaquim Barbosa e Mike Tyson, o craque uruguaio Luis Suarez teve uma infância dura e
abriu caminho na vida à porrada.
Fora a bobagem do paralelo com a história do médico e do monstro, o Globo Esporte montou um belo
perfil do jogador, a partir de entrevista com o psicólogo Maurício Pinto Marques, Doutorando e mestre
em Psicologia do Esporte da Universitat Autònoma de Barcelona.
Seu perfil é similar ao que tracei recentemente sobre Joaquim Barbosa.
Como explicou o psicólogo, Suárez cresceu “unindo o seu talento com bola à sua chance de
sobreviver”.
O futebol, para ele, sempre foi uma questão de sobrevivência. Foi o meio que arranjou de salvar a vida
dele. É inconsciente. Num momento de grande pressão, de luta, ele acaba repetindo, há o gatilho que
estoura - diz ele.
Para Barbosa, o caminho encontrado foi o da leitura e da carreira como procurador da República.
Em ambos os casos, cada vez que alguém tenta comprometer a relação - o caminho em direção à
vitória explode o gatilho da violência irracional. Para Suárez, a vitória é o gol; para Barbosa, a
condenação exemplar de quem tiver a má sorte de passar à sua frente.
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