A presidente Dilma Rousseff comparou, em entrevista ao The New York Times, os progressos sociais do PT com os do período pós-Francisco Franco, na Espanha.
Ela disse que a renda dos mais pobres teve um crescimento bem maior que a taxa da inflação, fazendo com que o progresso brasileiro seja comparável ao período espanhol da década de 70.
Ela classificou para o jornal os protestos como uma insatisfação da população com a qualidade dos serviços públicos.
A maior parte da classe média do Brasil tem “mais desejos, mais anseios, mais exigências”, disse.
Economista por formação, Dilma elogiou na entrevista Thomas Piketty, professor da Escola de Economia de Paris que ganhou notoriedade com seu livro sobre a desigualdade.
Dilma afirmou que o Mundial é uma oportunidade para fortalecer a posição brasileira no cenário global.
Na entrevista, ela defendeu também os empréstimos do BNDES para a construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014 e disse que os brasileiros que pretendem boicotar o evento são uma “pequena minoria”.
Em uma rara fala sobre o seu período na prisão, durante a ditadura militar, ela disse que até os opositores políticos torciam para a seleção ganhar a Copa de 70, mesmo com a insatisfação ao regime.
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