A chamada “elite branca” domina os estádios da Copa do Mundo no Brasil, segundo pesquisa
Datafolha realizada na partida de sábado, entre Brasil e Chile. Das 693 pessoas entrevistadas no
estádio do Mineirão, 67% se declararam brancas e 90% afirmaram que pertencem às classes A
ou B. Os resultados da pesquisa são contrastantes com o perfil da população brasileira, já que
em todo o território nacional 41% das pessoas se declaram pardas – no estádio os pardos
respondiam por apenas 24%. O levantamento revelou ainda que o índice de autodeclarados
pretos foi de 6%, bem menos quando comparado com ao percentual nacional, de 15%.
A enquete realizada pela Falha, ontem, e publicada na edição de hoje do jornal, faz um retrato do que
significa o tal “padrão Fifa”.
Ou do que tem sido o mundo.
Tudo é ótimo, fantástico, maravilhoso, sensacional.
Para poucos.
A enquete realizada pela Falha, ontem, e publicada na edição de hoje do jornal, faz um retrato do que
significa o tal “padrão Fifa”.
Ou do que tem sido o mundo.
Tudo é ótimo, fantástico, maravilhoso, sensacional.
Para poucos.
Os 60 por cento com renda superior a dez salários mínimos no estádio são apenas 3% dos brasileiros na “vida real”. Quase a metade deles, os que ganham acima de 20 salários-mínimos, não chegam a 1% dos brasileiros. Os números estão ao lado, se você duvidar.
Os negros, mulatos, os pardos só são maioria, entre os de camisa amarela, dentro das quatro linhas.
Nada mais do improviso, das arquibancadas de concreto, da multidão se espremendo numa festa de gritos e suores, nem do picolé que vinha rolando de mão em mão degraus acima ou abaixo, enquanto os trocados seguiam o caminho inverso (quando não era o pobre do sorveteiro quem vinha junto) daquele Mineirão de 150 mil lugares ou do Maracanã de 200 mil almas em transe.
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Os negros, mulatos, os pardos só são maioria, entre os de camisa amarela, dentro das quatro linhas.
Nada mais do improviso, das arquibancadas de concreto, da multidão se espremendo numa festa de gritos e suores, nem do picolé que vinha rolando de mão em mão degraus acima ou abaixo, enquanto os trocados seguiam o caminho inverso (quando não era o pobre do sorveteiro quem vinha junto) daquele Mineirão de 150 mil lugares ou do Maracanã de 200 mil almas em transe.
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