zé Cardozo enganou Dilma sobre índios.
Jornal GGN – A estranha atuação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no caso envolvendo
conflito entre índios e agricultores do norte gaúcho, chama a atenção pelo que parece ser uma trama:
em recente entrevista coletiva, em que trataria da questão, Cardozo chamou a atenção para a ausência
das lideranças indígenas que, na avaliação do ministro, “perderam a oportunidade de fazer um diálogo”.
em recente entrevista coletiva, em que trataria da questão, Cardozo chamou a atenção para a ausência
das lideranças indígenas que, na avaliação do ministro, “perderam a oportunidade de fazer um diálogo”.
O que Cardozo não mencionou na coletiva, no entanto, é que seis das lideranças da comunidade não
compareceram porque estão presos desde o dia 28 de abril em uma operação da PF deflagrada em uma
reunião com representantes do governo federal. Críticos da atuação do ministro afirmam que o caso foi
uma “armadilha” aos índios, que permanecem sob as ameaças de agricultores da região.
Do Estadão: Governo força acordo e diminui área indígena no Rio Grande do Sul
Conflito entre agricultores e índios acampados à beira de trilhos no norte gaúcho foi mediado pelo
Ministro da Justiça mediou, José Eduardo Cardozo
Leonencio Nossa
Brasília - Diante do conflito entre índios e agricultores do norte gaúcho, o ministro José Eduardo Cardozo forçou nesta quinta-feira, 22, um acordo para reduzir o território dos guaranis da comunidade de Mato Preto, no município de Getúlio Vargas. Cardozo pretende diminuir de 4,2 mil para 600 hectares a área definida por uma portaria que assinou há dois anos.
Desde 2003, 17 famílias aguardam o cumprimento da norma em barracas às margens dos trilhos da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grade do Sul. "A melhor forma para resolver o conflito é a mediação", afirmou o ministro.
A proposta foi discutida no final da tarde com os guaranis e os agricultores. Os índios, no entanto, não foram convidados para a entrevista coletiva. Com a exclusividade do microfone, o ministro disse que tinha reservado parte do dia para discutir uma série de conflitos no Rio Grande do Sul. Ele lamentou que lideranças indígenas do município de Faxinalzinho não apareceram para negociar. "É uma pena que os índios não vieram. Eles perderam a oportunidade de fazer um diálogo", afirmou.
Um detalhe: o cacique de Faxinalzinho, Deoclides de Paula, e outras quatro lideranças da comunidade não compareceram ao Ministério da Justiça porque estão presos desde o dia 28 de abril. Numa operação polêmica, a Polícia Federal prendeu os índios numa reunião com representantes do governo federal. Eles são acusados de matar os agricultores Alcemar e Anderson de Souza. Para entidades de defesa dos índios, o governo ajudou a montar uma armadilha.
Localizado pelo Estado, o cacique de Mato Preto, Joel Kuaray, que esteve com o ministro, disse que as 75 pessoas da comunidade acampadas não "aguentam" mais ameaças verbais e tiros para o alto disparados por agricultores. "A gente aceita diminuir nossa terra porque hoje estamos na beira da linha do trem", disse. "A gente tem o sentimento de que as ameaças vão diminuir, porque a redução da terra vai exigir a retirada de um número menor de agricultores da área."
Na entrevista, Cardozo negou que o governo esteja descumprindo artigos da Constituição que garantem a demarcação de terras consideradas indígenas. Ele defendeu o que chamou de "ajuste de direitos" e jogou a responsabilidade pelos conflitos no campo à lentidão do Judiciário em resolver os impasses.
compareceram porque estão presos desde o dia 28 de abril em uma operação da PF deflagrada em uma
reunião com representantes do governo federal. Críticos da atuação do ministro afirmam que o caso foi
uma “armadilha” aos índios, que permanecem sob as ameaças de agricultores da região.
Do Estadão: Governo força acordo e diminui área indígena no Rio Grande do Sul
Conflito entre agricultores e índios acampados à beira de trilhos no norte gaúcho foi mediado pelo
Ministro da Justiça mediou, José Eduardo Cardozo
Leonencio Nossa
Brasília - Diante do conflito entre índios e agricultores do norte gaúcho, o ministro José Eduardo Cardozo forçou nesta quinta-feira, 22, um acordo para reduzir o território dos guaranis da comunidade de Mato Preto, no município de Getúlio Vargas. Cardozo pretende diminuir de 4,2 mil para 600 hectares a área definida por uma portaria que assinou há dois anos.
Desde 2003, 17 famílias aguardam o cumprimento da norma em barracas às margens dos trilhos da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grade do Sul. "A melhor forma para resolver o conflito é a mediação", afirmou o ministro.
A proposta foi discutida no final da tarde com os guaranis e os agricultores. Os índios, no entanto, não foram convidados para a entrevista coletiva. Com a exclusividade do microfone, o ministro disse que tinha reservado parte do dia para discutir uma série de conflitos no Rio Grande do Sul. Ele lamentou que lideranças indígenas do município de Faxinalzinho não apareceram para negociar. "É uma pena que os índios não vieram. Eles perderam a oportunidade de fazer um diálogo", afirmou.
Um detalhe: o cacique de Faxinalzinho, Deoclides de Paula, e outras quatro lideranças da comunidade não compareceram ao Ministério da Justiça porque estão presos desde o dia 28 de abril. Numa operação polêmica, a Polícia Federal prendeu os índios numa reunião com representantes do governo federal. Eles são acusados de matar os agricultores Alcemar e Anderson de Souza. Para entidades de defesa dos índios, o governo ajudou a montar uma armadilha.
Localizado pelo Estado, o cacique de Mato Preto, Joel Kuaray, que esteve com o ministro, disse que as 75 pessoas da comunidade acampadas não "aguentam" mais ameaças verbais e tiros para o alto disparados por agricultores. "A gente aceita diminuir nossa terra porque hoje estamos na beira da linha do trem", disse. "A gente tem o sentimento de que as ameaças vão diminuir, porque a redução da terra vai exigir a retirada de um número menor de agricultores da área."
Na entrevista, Cardozo negou que o governo esteja descumprindo artigos da Constituição que garantem a demarcação de terras consideradas indígenas. Ele defendeu o que chamou de "ajuste de direitos" e jogou a responsabilidade pelos conflitos no campo à lentidão do Judiciário em resolver os impasses.
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