No Blog do Parsifal
O ex-ministro da Agricultura do governo Dilma Rousseff, deputado federal Antônio Andrade (PMDB-MG), ateou fogo na pré-campanha mineira: afirmou ontem (26), em entrevista coletiva, que o presidente do PSDB de Minas, deputado federal Marcus Pestana, ofereceu a ele R$ 20 milhões, e a vaga do Senado, para que o PMDB coligasse com o PSDB no estado.
O PMDB já está fechado com o PT em Minas e, segundo Andrade, a intenção do PSDB ao fazer a oferta era isolar o PT no Estado.
"A declaração é uma mistura de irresponsabilidade, delírio e leviandade. Nosso padrão ético é diferente e ele que não venha nos medir com a régua e compasso de suas medidas, que não são a nossa", reagiu Pestana, ao saber das declarações de Andrade.
As declarações de Andrade não são inverossímeis: não raro, e até frequentemente, as articulações partidárias passam por argumentos impressos na Casa da Moeda.
Crível, idem é, que Andrade tenha aumentado, ou até inventado a trolha, pois embora se diga que “o povo aumenta, mas não inventa”, não é isso vero na política, onde se aumenta e se inventa.
Uma coisa, porém, na frase de Pestana, ao norte escrita, não é verdade: o padrão ético do PSDB não é diferente coisíssima nenhuma, pois na política a régua que mede o metro é a mesma que toma o comprimento do centímetro, e a única coisa que muda na prova da roupa é o tamanho da contabilidade.
Os ranfastídeos adoram fingir que são éticos.
O pior é que alguns acreditam que o são, o que passa a ser cinismo. E aí mora um grande problema, pois com disse Alphonse Allais, “o cinismo destrói a eficácia”.
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