segunda-feira, 28 de abril de 2014

Padilha e a batalha da comunicação


Isso já está ficando repetitivo. A grande batalha do campo popular e progressista para ampliar 
seu espaço político no país é contra a mídia corporativa, que manipula as informações de 
maneira sistemática, sem nenhum escrúpulo.O es tado de São Paulo é a principal fortaleza 
tucana e de seus tentáculos na mídia. Ou talvez seja mais exato dizer que o estado de São Paulo 
é a principal fortaleza da mídia e seus tentáculos políticos. O PSDB, hoje, é um tentáculo político 
controlado pelos barões da mídia, que por sua vez representam setores poderosos da economia, 
ligados ao rentismo internacional e aos interesses americanos.

Padilha e o dragão que assassina reputações

Por Renato Rovai, em seu blog.

Alexandre Padilha e sua candidatura estão sofrendo um bombardeio midiático por conta de seu nome ter sido citado na investigação da PF no caso da investigação do doleiro Alberto Youssef. A citação por enquanto se apresenta como algo solto, sem nenhum indício concreto de que tenha resultado em vantagem a partir do ministério da Saúde para os indiciados. Muito diferente do que se tem no caso Alstom-Siemens, onde há confissão de culpa de empresas e personagens centrais do esquema, que citam um cartel operando a partir de interesses de grãos-tucanos do Estado.
A desproporção no tratamento desses episódios é mais uma demonstração de como a mídia tradicional perdeu completamente a vergonha de atuar como um partido político. E como o faz em bloco e em uníssono para ajudar aqueles que considera seus aliados e para atacar os que enxerga como adversários.
Padilha que se prepare, ele é o alvo da vez. Uma avalanche de histórias vão ser costuradas para desconstruí-lo numa narrativa típica das novelas policiais. Uma citação aqui, um assessor que foi parar ali, um torpedo encaminhado por acolá. E de repente um deputado pede uma CPI e a sempre combativa PF vaza mais um relatório de alguém que está buscando uma delação premiada. E o monstro esta posto a mesa.
A reputação muitas vezes construída por um longo período de atividade pública é demolida sem que se tente verificar até onde está se fazendo justiça com o acusado. O que se pesa é o que está em jogo. E no caso de Padilha, por mais que ele tenha distribuído sorrisos aos donos da mídia paulista, trata-se de um inimigo.
É esse o espaço que lhe reservam no álbum de figurinhas públicas.
Os donos da tradicional mídia paulista não aceitam cogitar que no Palácio dos Bandeirantes haja um petista no comando. E vão abater quem estiver no caminho para que isso não ocorra.
A candidatura de Alckmin está muito fragilizada. E contas feitas, já se percebeu que num segundo turno quem vier a disputar com ele pode levar. Até porque das torneiras paulistas vai estar saindo ar para tomar banho e escovar os dentes em futuro muito breve.
Ou seja, o PT não pode ir ao segundo turno. Cabe um Skaf, mas não um petista.
E sendo assim, Padilha não vai ter descanso.
Se quiser ser um candidato vivo e não um espectro de candidato, Padilha terá que mostrar que não tem receio de enfrentar o dragão. No caso, o esquema midiático do estado. É com essa mídia que transforma uma citação num crime e um cartel numa bolinha de papel que se dará a disputa. Ela é a verdadeira adversária.
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