quarta-feira, 16 de abril de 2014

GLOBALHAS: A TELE MONTECARLO TAMBÉM FOI UM BOM NEGÓCIO


A Petrobras vai vender a Pasadena, que dá lucro. A Globo pendurou os lucros da Tele 
Montecarlo na Viúva​.

“À luz do tempo”, a instalação da Tele Montercarlo na Itália foi uma sábia decisão do Dr Roberto e de um de seus filhos, o mais velho (como se sabe, eles não têm nome próprio).
No Governo Sarney, a Rede Globo presidia o Brasil.
O Dr Roberto fazia parte do triunvirato: ele, o ACM e o Sarney.
A Globo batia no teto.
Não tinha mais para onde crescer no Brasil.
O jornal nacional dava 70% e o Fantástico, 60%.
“Se não sai no jornal nacional, não acontece”, dizia o ACM, que saía no jn quando queria.
Assisto ao jornal nacional não para saber o que aconteceu, mas para saber o que o jornal nacional quer que eu pense que aconteceu, dizia o Caetano Veloso, que também já foi baiano, antes de se tornar intelectual orgânico dos filhos do Dr Roberto.
Aqui no Brasil, o filho mais velho do Dr Roberto não aguentava mais subordinar-se a um empregado, o Boni.
E o pai considerou que, de fato, a Globo precisava expandir-se além fronteiras.
O filho foi à Itália e avaliou que o Berlusconi estava frágil.
Era hora de atacar.
Boni não foi.
Disse que não sabia fazer tevê para italiano.
O filho do Dr Roberto levou um timaço para a Itália.
Da área comercial e da área editorial.
Instalou uma sede monumental em Roma, com um estúdio de telejornalismo no meio da redação, que o jornal nacional depois copiou, no Rio.
Parecia uma decisão, “à luz da época”, impecável.
Na Ilha de Capri, a Tele Montecarlo dava festas de corar senadores de Cesar.
As condições internas da companhia, no Brasil, e os custos de instalação no exterior justificavam perfeitamente a decisão arrojada.
Fazia parte dos planos da empresa expandir-se para fora e aquela era a hora.
Como se sabe, “à luz do tempo”, ainda no Governo Sarney, o Dr Roberto e o filho mais velho tomaram um tombo de US$ 100 milhões.
Tombo que foi devidamente compensado em operações de busca e salvamento das instituições estatais (brasileiras) de crédito – ah !, esse intervencionismo estatal, né, Urubóloga ?
“À luz do tempo”, será que o Roger Agnelli, o quindim de Iaiá do PiG (*), fez um bom negócio na Guiné ?
“À luz do tempo”, será que foi um bom negócio a filha do Cerra se associar ao Jorge Paulo Lehmann numa sorveteria ?
Ou à irmã do Daniel Dantas numa empresa de “consultoria” em Miami ?
“À luz do tempo”, será que o Príncipe da Privataria obrou bem ao transformar a Petrobras em Petrobrax?
Em participar da “Operação Reeleição”, aquela do “Senhor X” e do trator Sergio Mota ?
Foi uma boa ideia, “à luz do tempo”, dar essa chance de o PT ficar tanto tempo no poder ?
“À luz do tempo”, como disse a Graça Foster, foi uma boa ideia comprar Pasadena.
Clique aqui para ver a explicação do Sergio Gabrielli sobre a compra de Pasadena.
A Petrobras, um dia, vai vender a Pasadena, que dá lucro.
E o que fez o Dr Roberto com os lucros da Tele Montecarlo ?
Compartilhou com o Erário !
Como se sabe, o BV faz da Globo uma para-estatal.
Que tem um futuro mais sombrio que o de Pasadena – clique aqui para ler “Google compra fabrica de drones – bye, bye Globo”; e aqui para ler “a PLIMCO compra ações da Globo ou da Folha ?”.

Paulo Henrique Amorim
________________________________________

Nenhum comentário: