quarta-feira, 2 de abril de 2014

GILMAR DÁ O GOLPE. FINANCIAMENTO DE CAMPANHA


A empresa (um dos filhos do Roberto Marinho) e a Lei

Num Golpe de vista, Gilmar joga seis votos no lixo

O Supremo votava uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Ordem dos Advogados do Brasil, contra a doação de pessoa jurídica para eleição, para “impedir a cooptação do poder político pelo poder econômico”
Estava 5 a 1 favor da ADIN.
Ou seja, contra a doação de empresas a campanhas.
Aí, Gilmar Dantas pediu vistas.
Ou seja, suspendeu a votação para “ver” melhor a matéria.
Na Presidência, o ministro Lewandowski, apesar do pedido de “vistas”, proferiu o seu voto, a favor da ADIN.
Vitória !
O dinheiro não vai poder determinar (tanto) o resultado da eleição.
Haverá mais representatividade no Congresso.
O pessoal do Glamourama terá menos força.
Ledo engano, amigo navegante.
Gilmar deu um Golpe de Mestre !

Deu o drible da vaca em seis colegas.
O PMDB, que preside o Senado e a Câmara, vai modificar alguns artigos impugnados e, com isso, essa ADIN da OAB perde o seu objeto.
Gilmar pegou seis votos e jogou no lixo !
Sob os aplausos do PMDB, do DEM e do Glamourama.
Votaram a favor da ADIN: Fux, Toffoli, Barroso, Barbosa, Marco Aurelio e Lewandowski.
Contra, Teori.
Agora, docemente constrangido pelas ideias republicanas de seu Líder Maximo, o Eduardo Cunha, o PMDB refará o projeto de Lei que acaba de ser aprovado na Comissão de Constituição do Senado –http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-04/beto-no-senado-ccj-aprova-fim-das-doacoes-de-empresas-para-campanhas
E Gilmar Dantas terá prestado um serviço inestimável às empresas que financiam campanhas – e os produtos cheios de vácuo do João Dória.
A ADIN da OAB perderá a serventia.
Como se sabe, depois que o Delubio, Dirceu, Genoino e João Paulo realizaram aquela consulta popular que desmoralizou o julgamento do mensalão e permitiu que eles pagassem a multa, o Cunha reagiu: se as empresas ficassem de fora, só o PT teria dinheiro nas campanhas.
Gilmar ainda será convidado para jantar com João Dória.
Provavelmente na douta companhia de Eduardo Cunha.
(Um nome os une: Daniel Dantas.)
O pessoal que “vota com o estômago”, segundo o André Esteves, estará na porta para recebê-lo(s).

Paulo Henrique Amorim
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