sábado, 8 de março de 2014
Pará: Custos de campanha de reeleição de governador
No Blog do Parsifal
Não é possível aquilatar, com exatidão, o valor que o erário despende na esteira de uma campanha de reeleição de governador, mas é possível verificar alguns custos que são publicados no próprio Diário Oficial do Estado (DOE), como as contratações de assessores especiais, que são cabos eleitorais pagos mensalmente para servirem de infantaria eleitoral nos diversos fronts de batalha.
> Convênios
Outro custo que pode ser verificado no DOE são os convênios assinados com prefeituras em ano eleitoral. Esses, pela nota abaixo, já começaram e eu calculo que, esse ano, o valor de convênios chegue a R$ 40 milhões.
E para que não se diga que a nota do "Diário do Pará" é tendenciosa, abaixo se cola a nota de "O Liberal", sobre o mesmo assunto, desvelando a repentina disposição do governador de receber os prefeitos, que ele passou os três anos anteriores ignorando solenemente.
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Um comentário:
O descaso com a segurança pública neste estado subdesenvolvido tem tido consequências danosas á população, como a chaga das milícias e grupos de extermínio, que estão atuando impunemente e sob a complacência das forças policiais e da justiça. Essas estórias de pessoas serem assassinadas pelo tráfico levantam sérias dúvidas, pois até os postes sabem que tem envolvimento de outros grupos organizados nesses delitos. Assim como esses grupos dão uma falsa sensação de segurança, acabam atuando para o crime organizado ou até substituindo-os através de "prestação de serviços". Se isso resolvesse, a criminalidade não estaria em níveis alarmantes. Isso é resultante do colapso das políticas de segurança e de educação no Pará. A ignorância e o medo distorcem a percepção coletiva de como lidar com o crime com base nas leis vigentes, passando a adotar práticas criminosas como o linchamento e o extermínio por justiceiros, como formas distorcidas de solução. O governo inerte e sem a capacidade de debater esses temas com a sociedade, limita-se a propagandear ações cosméticas e milionárias de um estado ideal que só existe nas telas de TV e jornais, mesmo mantém o sistemático sucateamento dos órgãos de segurança, basta observar as condições de trabalho, de material e salarial degradantes em que são submetidos os nossos policiais. Do que adianta o PSDB deixar pra realizar ações anêmicas e eleitoreiras no último ano de governo, o que não conseguiu em 20 anos no poder neste estado, que só serviu para o enriquecimento e concentração de renda de seus aliados? Como pensar numa juventude com futuro e dignidade, se no Pará não há geração de empregos na indústria; se há limitações e deficiências na formação educacional técnica e cientifica em escolas sucateadas e com professores e alunos desmotivados; se existem muitas precariedades e limitações de aprendizagem técnica e estabilidade no primeiro emprego; se o ensino universitário continua sendo excludente; se o que está recrutando os jovens são o mercado informal e o tráfico. Pra piorar ainda há a ausência de planejamento familiar e a sua desestruturação. É lamentável que não haja nenhum movimento de pacto entre sociedade e governo para efetivar soluções. O que há é muito proselitismo eleitoreiro e tráfico de influência.
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