segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ex-general acusado de incitar violência na Venezuela se tranca armado em casa



O general reformado do exército venezuelano Ángel Vivas se entrincheirou neste domingo (23/02) armado em sua casa, um dia depois que o presidente do país, Nicolás Maduro, ordenou sua detenção por incitar a violência nos protestos contra o governo.
Veículos de imprensa locais mostraram imagens do ex-militar com uma metralhadora mas, depois da chegada de outros jornalistas, o militar teria segurado um megafone e falado em defesa de seu "direito à legítima defesa".
Vivas sugeriu por meio de sua conta no Twitter que manifestantes pusessem arame farpado nas barricadas levantadas em algumas ruas no marco dos protestos que acontecem há 11 dias. Diversos motoristas se feriram, um dos quais morreu degolado a noite da sexta-feira.
"Mandei deter o general reformado que convocou a colocar as guaias (cabos metálicos) e que treinou esses fascistas, Ángel Vivas, que o busquem e o tragam. Assassinos!", manifestou ontem Maduro em um discurso pela TV.
Vivas diz que há infiltração de agentes cubanos nas Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela. "Que a Venezuela e o mundo saibam, cubanos junto a bandidos venezuelanos atacam minha casa em Prados do Leste Rua Maracaibo Qta Blanquizal", postou hoje o militar na rede social. Antes, e através da mesma rede social, o ex-general denunciou que as comunicações de sua casa haviam sido cortadas. "A ditadura acaba de cortar a linha telefônica e a internet a minha casa, me deixaram incomunicável, estou usando internet móvel", disse.

Jovem venezuelano denuncia ‘manipulação’ de sua imagem pela CNN

O estudante venezuelano Ramón Soto denunciou a “manipulação” que a CNN em língua espanhola fez com uma imagem em que aparece com o rosto com marcas de agressão.
A CNN, segundo ele, mostrou a imagem como se fosse algo ocorrido nos distúrbios de 12 de fevereiro. Na verdade, afirma Ramón, era uma foto de 2013. A agressão, de acordo com o estudante, veio de forças antichavistas.
É um episódio a mais do que o governo venezuelano chama de ‘guerra midiática’ — fotos que estariam sendo usadas para dramatizar a situação. Cenas de conflitos em outros países, segundo as denúncias, ganham a internet como se tivessem ocorrido na Venezuela.

Nenhum comentário: