sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A SOLIDARIEDADE A DIRCEU


Ex-presidente da OAB, advogado Jose Roberto Batochio conta que doou R$ 1 mil a José Dirceu 
e ressalta que "solidariedade aos perseguidos é um valor a ser defendido na sociedade brasileira, 
que vive dias difíceis, quando muitos cultivam o ódio, sentimento típico de regimes fascistas"; 
outros colaboradores da campanha, que chega à reta final, foram o jornalista e escritor 
Fernando Morais e o jornalista Paulo Moreira Leite, que diz que as doações tornam inútil o 
esforço de se aplicar a "execução social dos prisioneiros"; ator global José de Abreu também 
conta ter doado R$ 1 mil ao amigo, com o objetivo de "dividir a pena com ele".

247 – Chegando à reta final, a campanha que arrecada doações para pagar a multa do ex-ministro José Dirceu teve doadores renomados, que têm um discurso para explicar a motivação da solidariedade. Até as 12h desta quinta-feira 20, a iniciativa havia arrecadado R$ 825.529,40, inclusa a transferência de R$ 143 mil feita pelo excedente do colega de partido Delúbio Soares. 
Ontem, Dirceu foi notificado pela Justiça a pagar a multa de R$ 971.128,92, sob risco de ter seu nome inscrito na Dívida Ativa da União.
Ao 247, o advogado José Roberto Batochio, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), contou ter doado R$ 1 mil a Dirceu. "A solidariedade aos perseguidos é um valor a ser defendido na sociedade brasileira, que vive dias tão difíceis, quando muitos cultivam o ódio, sentimento típico de regimes fascistas", disse Batochio. Outro doador renomado foi o jornalista e escritor Fernando Morais, que foi taxativo ao justificar sua doação ao ex-ministro: "O dinheiro é meu. E com o meu dinheiro eu faço o que eu quiser".
Também jornalista, Paulo Moreira Leite, da revista IstoÉ – autor do livro "A outra história do mensalão", acredita que as doações são um instrumento para tornar inútil o esforço de realizar a "execução social" dos condenados na Ação Penal 470. "O que se quer é a execução social dos prisioneiros, que devem ser reduzidos a condição de seres manipuláveis e disponíveis, sem consciência nem vontade própria. As doações mostram que esse esforço é inútil".
Em entrevista recente ao jornal O Globo, o ator José de Abreu também declarou ter doado R$ 1 mil ao amigo Dirceu, que conheceu enquanto cursava a Faculdade de Direito. A intenção: "dividir a pena com ele". Crítico ferrenho da forma como foi julgada a Ação Penal 470, Zé de Abreu disse considerar "legítima" a iniciativa da militância, amigos e familiares em fazer a campanha de arrecadação.
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