Por: Fernando Brito
A decretação do bloqueio dos bens e a quebra do sigilo bancário da família do Senador Zezé Perrella vai atear fogo na política mineira.
A coisa parecia ter serenado para os Perrella com a pressurosa declaração da Polícia Federal de que o helicóptero da Limeira Agropecuária, empresa que Zezé transferiu ao filho Gustavo, deputado estadual, tinha sido usado para transportar cocaína sem o conhecimento da família.
Mas agora a juíza Rosimere das Graças do Couto, da 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, encontrou ”indícios da prática de improbidade administrativa” em contratos firmados entre a Epamig e a Limeira.
A Epamig, empresa estatal mineira de pesquisa agropecuária doava sementes de feijão preto à empresa dos Perrella e depois comprava a produção para ser redistribuída aos agricultores pelo programa “Minas Sem Fome”, criado por Aécio Neves.
Nada de errado, mas isso era feito sem licitação. Aliás, nem mesmo o ato de dispensa de licitação foi feito de forma correta, pois não foi integralmente publicado no Diário Oficial por “problemas técnicos”.
Essa notícia, do ano retrasado, é apenas uma das dores de cabeça dos Perrella.
Eles estão sendo investigados por outras suspeitas de contratos fraudulentos com o governo mineiro, nas gestões Aécio e Anastasia.
Segundo o jornal Hoje em Dia, “foram detectados indícios de direcionamento de licitação e superfaturamento por parte da Stillus no fornecimento de produtos para presídios mineiros e para a Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, centro das investigações. Alvimar, (irmão de Zezé)apontado pelo MPE como chefe da organização, e Bruno Vidott, ex-assistente de pregoeiro da Secretaria Estadual de Defesa Social, pagariam propina a diretores de presídios e outros servidores para vencer as licitações.
Os áudios com escutas feitas que revelariam do esquema desapareceram do youtube.
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