segunda-feira, 4 de novembro de 2013
FHC defende monopólio de mídia na Argentina
FHC se manifestou hoje a favor do monopólio que o grupo Clarin exerce na mídia Argentina.
Em sua coluna no Estadão, ele classificou como “não auspiciosa” a decisão da Corte Suprema da Argentina de sancionar a Lei de Meios, que regula a mídia.
A medida “cerceou um grupo de comunicação opositor ao governo sob pretexto de assegurar pluralidade nas normas de concessão”, segundo FHC.
Ainda hoje, uma opinião inteiramente oposta à de FHC foi veiculada na Folha de S. Paulo pela jornalista argentina Cynthia Ottaviano. Aos 40 anos, Cynthia é a primeira ombudsman da mídia na Argentina. Ela vai representar o interesse público na relação com as companhias de mídia. A criação do cargo veio com a nova lei.
Professora da Universidade do Salvador e com passagens por meios como os jornais Perfil, a Rádio Pública Nacional e o canal 13, do Clarín, ela disse à Folha: “É preciso lembrar que o pedido por uma mídia democrática começou muito antes de que na Argentina existisse a possibilidade de que viesse a ter algo chamado kirchnerismo.”
Para ela, a mudança essencial é que “a lei deixa de considerar a informação como mercadoria e negócio e passa a considerá-la um direito e um serviço”.
“Uma democracia não pode ter privilegiados. Uma democracia necessita do direito à comunicação, que é algo que todos temos por sermos pessoas, o que nos coloca em igualdade de condições. A definição de riqueza não é só econômica, é também de informação”, disse ela.
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