terça-feira, 8 de outubro de 2013
O EGITO RUMO A GUERRA CIVIL
Militares egípcios bloqueiam uma rua do Cairo, capital do país. Nova onda de violência acontece
meses após deposição de Mursi. Ao menos sete membros das forças de segurança foram mortos
em vários pontos do país.
Uma nova escalada da violência abala o Egito. Um dia após a morte de mais 50 pessoas em protestos, a maioria delas no Cairo, ao menos sete membros das forças de segurança foram mortos em dois ataques, um perto da cidade de Ismailiya, e o outro no Península do Sinai. Um terceiro ataque contra antenas de televisão pública na capital causou dois feridos. Até o momento, não se sabe a autoria dos ataques, que aconteceram na manhã desta segunda-feira (07/10).
No domingo, simpatizantes do ex-presidente Mohamed Mursi, deposto no dia 3 de julho, tentaram entrar na Praça Tahrir, no centro da capital, onde milhares de manifestantes que defendem o Exército se reuniam para marcar o 40º aniversário da guerra entre o Egito e Israel, em 1973. A investida foi brutalmente reprimida pelo exército, deixando dezenas de mortos. O ministério do Interior descreveu os confrontos como uma tentativa da Irmandade Muçulmana de "arruinar as celebrações e provocar atritos com as pessoas".
Mas não foi apenas no Cairo que houve violência. Os protestos deste domingo terminaram em confronto em diversas cidades do país. Em Delga, a 300 quilômetros ao sul da capital, uma pessoas foi morta. O mesmo aconteeu em Bani Suef, a 80 quilômetros do Cairo.
A Irmandade acusa os militares de liderarem um golpe e sabotarem a democracia egípcia com a remoção de Mursi, o primeiro presidente eleito livremente no país, preso após ser derrubado da Presidência. No dia 14 de agosto, autoridades egípcias atacaram dois acampamentos pró-Mursi no Cairo, deixando centenas de mortos, para depois declarar Estado de emergência e impor um toque de recolher.
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