quarta-feira, 30 de outubro de 2013

LULA E O BOLSA: NENHUMA ESTATÍSTICA MEDE A DIGNIDADE !


Essa Sociologia que critica o Bolsa está acostumada a servir à elite.

Na solenidade em Brasília, para comemorar os dez anos do Bolsa Família, o presidente Lula fez um discurso que, aqui, é resumido, em pílulas (não literais):
(Não deixe de ler também a entrevista da Ministra Tereza Campello.)
Disse Lula:
Não existe indicador estatístico que possa medir a dignidade.
Nenhum Orçamento prevê a esperança.
Não basta ter alimento para matar a fome. É preciso ter geladeira, fogão.
Os “especialistas” ficam aborrecidos porque usam o dinheiro do Bolsa Família para comprar dentadura.
É porque esse “especialista” nunca ficou sem dente, nunca tentou mastigar um pedaço de carne sem dente.
É mais difícil vencer o preconceito que a fome.
Chamam de “Bolsa Vagabundagem”, mas 70% dos adultos do Bolsa trabalham.
Eles têm preconceito: acham que se é pobre por indolência.
Para a mãe, o dinheiro do Bolsa não é esmola: é um direito !
O eleitor não precisa mais trocar o voto por um prato de feijão, por uma cuia de farinha.
Essa Sociologia que ataca o Bolsa está acostumada a servir à elite.
O Bolsa tem 10 anos e a injustiça vem de 5 séculos.
Enquanto houver uma família precisando se alimentar, a presidenta Dilma vai atender.
Dizem que o Bolsa eleva o gasto público.
São os mesmos que defendem o desemprego e a redução de salário.
Outro dia eu vi na televisão um cidadão representante de banco defendendo um pouco de desemprego e conter o aumento de salário.
Se desemprego e arrocho salarial resolvessem, não existiriam os problemas que a gente tinha quando o PT chegou ao poder.
Se arrocho e desemprego resolvessem, a Europa já teria resolvido seu problema.
Jorge Viana já disse: muito dinheiro na mão de poucos é concentração, especulação; pouco dinheiro na mão de muitos significa comida, inclusão.
Quando você começa a comer, fica mais bonito.
Não tem nada mais feio que a fome.
Eu fui conversar como presidente George Bush.
Ele só falava do Iraque e das armas de destruição em massa.
E da guerra que ia começar.
Antes que ele me pedisse para entrar na guerra, eu disse que a minha guerra era contra a fome.
O Saddam Hussein nunca fez nada contra mim !
A Guerra do Iraque, como o Bolsa, faz dez anos.
Foi com um pretexto falso: as armas de destruição em massa do Saddam.
A arma química do Iraque era o Saddam, que destruiu o país.
Além das perdas humanas, segundo o Stiglitz (Joseph), a guerra contra o Iraque custou US $ 3 trilhões.
Esse dinheiro dava para fazer bolsas famílias para atender um bilhão e meio de pessoas durante dez anos !
Os Estados Unidos e a Europa já gastaram US$ 10 trilhões para salvar um sistema que foi destruído pela ganancia financeira.
Eu me lembro que quando saí de Garanhuns minhas pernas eram finas e a barriga enorme.
Era só lombriga.
Ficamos 13 dias comendo só farinha.
Os mais ricos levavam farinha e queijo.
Os mais pobres, só farinha.
Hoje, 36 milhões de brasileiros estão no Bolsa Família !
Não podemos deixar um brasileiro sem comer.
A única coisa impossível é Deus pecar.
(A Miriam Belchior, Ministra do Planejamento, e Guido Mantega, da Fazenda) Parem de regatear com os pobres !
Eu sei que é difícil conviver com a nova situação.
A patroa usa um perfume e no dia seguinte a empregada usa um perfume igual.
Não sei se é paraguaio ou não, mas usa.
A empregada ocupa o meu lugar no avião.
É duro !
Eu estava sozinho nessa praça e agora tem esse cara aí.
Isso já aconteceu na Argentina, no interior de São Paulo e vai acontecer no resto do Brasil.

(Reprodução de Paulo Henrique Amorim)
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