por Paul Craig Roberts
Enquanto continua a reclamar poderes ditatoriais para iniciar uma guerra por conta própria, Obama adiou seu ataque unilateral à Síria ao receber uma carta de mais de 160 membros da Câmara dos Deputados recordando-o que levar o país à guerra sem aprovação do Congresso é ofensa punível com o impedimento (impeachment). Além disso, teve de adiar quando viu que nenhum país poderia servir como cobertura para um crime de guerra, pois nem mesmo o governo fantoche britânico e os estados fantoches da NATO apoiariam a anunciada agressão militar da América contra a Síria.
No ataque à Líbia Obama conseguiu escapar sem um OK do Congresso porque utilizou fantoches da NATO e não forças militares dos EUA. Aquele estratagema permitiu a Obama afirmar que os EUA não estavam diretamente envolvidos.
Agora que a falta de cobertura e o desafio do Congresso levou o aspirante a tirano Obama a adiar seu ataque à Síria, o que se pode esperar?
Se Obama fosse inteligente – e evidentemente alguém que indica Susan Rice como sua conselheira de segurança nacional não é inteligente – ele simplesmente deixaria o ataque à Síria desvanecer-se e morrer até o Congresso retornar do recesso em 9 de Setembro para enfrentar os problemas insolúveis do défice orçamental e do tecto da dívida.
Uma administração competente perceberia que um governo incapaz de pagar as suas contas sem a intensa utilização das máquinas de impressão está com demasiada perturbação para se preocupar com o que está a acontecer na Síria. Nenhuma administração competente arriscaria um ataque militar que pudesse resultar numa conflagração do Médio Oriente e uma ascensão nos preços do petróleo, piorando portanto a situação econômica enfrentada por Washington.
Mas Obama e a sua coleção de incapazes demonstraram não terem competência. O regime também é corrupto e todo o edifício repousa sobre nada, excepto mentiras.
Agora que a Casa Branca percebeu que Obama não pode cometer um crime de guerra sem cobertura, eis o que provavelmente podemos esperar. A argumentação mudará da utilização ou não de armas químicas por Assad e tornar-se-á que o Congresso não deve minar o prestígio e a credibilidade dos EUA deixando de apoiar o presidente Obama, o homem frontal para guerras de agressão americanas.
A Casa Branca subornará, seduzirá e intimidará o Congresso.
O argumento do regime será que o prestígio e a credibilidade da América estão em causa, portanto o Congresso deve apoiar o presidente. O presidente e o secretário de Estado fizeram declarações inequívocas acerca da culpabilidade de Assad e da sua determinação em puni-lo. Dada a insanidade de Washington, o modo como Washington pune Assad por (alegadamente) matar sírios com armas químicas é matar sírios com mísseis de cruzeiro.
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