"Somos contra o lucro da iniciativa privada com a guerra", bradaram os manifestantes; John
Kerry continua cruzada em defesa ao ataque à Síria.
Opera Mundi
Cerca de 200 pessoas se reuniram na frente da Casa Branca, em Washington, nesse sábado (07). Ali começou uma cruzada que, em efeito viral, foi seguida ao redor do mundo. "Nós somos contra à guerra", bradaram os manifestantes em referência à possível intervenção militar na Síria.
Além da capital estadunidense, Nova York, Los Angeles, San Francisco e outras metrópoles europeias e asiáticas reuniram milhares de pessoas no sábado. "Eles dizem mais guerra, nós dizemos não" foi o grito oficial da marcha mundial, que acredita que uma novo ataque ao Oriente Médio seria "construído em uma mentira".
"A gente não aceita mais guerras para favorecer os lucros da iniciativa privada. Eles deveriam cortar o Pentágono e não os nossos vales-refeição", afirmou um porta-voz do movimento em Nova York em entrevista ao porta RT.
Mesmo com a sombra dos protestos, o secretário de Estado estadunidense, John Kerry, disse no sábado que não intervir na Síria em resposta ao ataque com armas químicas, atribuído ao regime de Bashar Al Assad, seria "um risco maior” do que a própria ação militar.
Kerry, que se reuniu com o secretário francês, Laurent Fabius, insistiu que a crise afeta a segurança dos estadunidenses, em particular pelo risco de disseminação de armas químicas entre grupos terroristas e que o ataque que os Estados Unidos pretendem será curto, seletivo, sem tropas no terreno, mas com “mensagem clara”.
O chefe da diplomacia estadunidense lembrou que o presidente Barack Obama ainda não decidiu se vai esperar pela apresentação do relatório dos peritos das Nações Unidas. Eles estiveram no país para recolher provas do ataque com armas químicas, de 21 de agosto, que provocou centenas de mortes.
O presidente francês, François Hollande, já manifestou apoio aos Estados Unidos, mas observou que vai esperar pelo relatório dos peritos. “A ausência de ação supõe um risco mais grave que a própria ação”, disse Kerry, reafirmando que o que pretende não é uma guerra e que “a única forma de acabar com o conflito sírio passa por solução política e não militar”.
No Brasil
Em Brasília (DF), cerca de 400 jovens participaram de uma manifestação em frente à embaixada dos EUA na sexta-feira (6). Eles repudiaram o possível ataque ao país árabe. O ato foi marcado pela encenação dramática dos presentes, que representaram uma cena de guerra, em que jovens eram carregados por outros como se tivessem sido feridos e mortos por bombas. Também foi queimado um boneco do presidente estadunidense.
Houve ainda manifestação em São Paulo (SP), convocada pelo Comitê de Solidariedade com o Povo Sírio. Confira fotos de Rafael Stedile:
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Cerca de 200 pessoas se reuniram na frente da Casa Branca, em Washington, nesse sábado (07). Ali começou uma cruzada que, em efeito viral, foi seguida ao redor do mundo. "Nós somos contra à guerra", bradaram os manifestantes em referência à possível intervenção militar na Síria.
Além da capital estadunidense, Nova York, Los Angeles, San Francisco e outras metrópoles europeias e asiáticas reuniram milhares de pessoas no sábado. "Eles dizem mais guerra, nós dizemos não" foi o grito oficial da marcha mundial, que acredita que uma novo ataque ao Oriente Médio seria "construído em uma mentira".
"A gente não aceita mais guerras para favorecer os lucros da iniciativa privada. Eles deveriam cortar o Pentágono e não os nossos vales-refeição", afirmou um porta-voz do movimento em Nova York em entrevista ao porta RT.
Mesmo com a sombra dos protestos, o secretário de Estado estadunidense, John Kerry, disse no sábado que não intervir na Síria em resposta ao ataque com armas químicas, atribuído ao regime de Bashar Al Assad, seria "um risco maior” do que a própria ação militar.
Kerry, que se reuniu com o secretário francês, Laurent Fabius, insistiu que a crise afeta a segurança dos estadunidenses, em particular pelo risco de disseminação de armas químicas entre grupos terroristas e que o ataque que os Estados Unidos pretendem será curto, seletivo, sem tropas no terreno, mas com “mensagem clara”.
O chefe da diplomacia estadunidense lembrou que o presidente Barack Obama ainda não decidiu se vai esperar pela apresentação do relatório dos peritos das Nações Unidas. Eles estiveram no país para recolher provas do ataque com armas químicas, de 21 de agosto, que provocou centenas de mortes.
O presidente francês, François Hollande, já manifestou apoio aos Estados Unidos, mas observou que vai esperar pelo relatório dos peritos. “A ausência de ação supõe um risco mais grave que a própria ação”, disse Kerry, reafirmando que o que pretende não é uma guerra e que “a única forma de acabar com o conflito sírio passa por solução política e não militar”.
No Brasil
Em Brasília (DF), cerca de 400 jovens participaram de uma manifestação em frente à embaixada dos EUA na sexta-feira (6). Eles repudiaram o possível ataque ao país árabe. O ato foi marcado pela encenação dramática dos presentes, que representaram uma cena de guerra, em que jovens eram carregados por outros como se tivessem sido feridos e mortos por bombas. Também foi queimado um boneco do presidente estadunidense.
Houve ainda manifestação em São Paulo (SP), convocada pelo Comitê de Solidariedade com o Povo Sírio. Confira fotos de Rafael Stedile:
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