sexta-feira, 20 de setembro de 2013

EUA proibiram passagem de avião de Maduro sobre Porto Rico, diz Venezuela


Comitiva do presidente, que fará visita oficial à China, sobrevoaria espaço aéreo portorriquenho 
durante trajeto. Maduro sobre proibição: “O que está acontecendo com os EUA? Por que tanto 
nervosismo? Por que tanto desespero?”

O chanceler venezuelano, Elías Jaua, denunciou nesta quinta-feira (19/09), que os Estados Unidos negaram permissão para que o avião do presidente Nicolás Maduro sobrevoasse o território de Porto Rico neste final de semana. O destino do trajeto é a China, país que recebe o chefe de Estado da Venezuela para uma visita oficial.
“Denunciamos isso como mais uma agressão do imperialismo contra o governo da República Bolivariana [da Venezuela]. Ninguém pode negar o sobrevoo a um avião que transporta um presidente da República em uma viagem de Estado internacional”, afirmou Jaua, completando que não há argumentos válidos para a proibição.
Segundo Jaua, o episódio representa “uma nova agressão, uma nova provocação do imperialismo norte-americano” contra o governo venezuelano, que espera o esclarecimento do caso para definir medidas a serem tomadas.
Durante um encontro com governadores, transmitido pela televisão estatal do país, Maduro se referiu ao caso: “O governo dos EUA nos nega a permissão de sobrevoo para irmos à China. Bom, eu ordenei que façam alguma coisa, um percurso maior. Mas o governo dos EUA não vai nos impedir de ir à China”, disse. “O que está acontecendo com os EUA? Por que tanto nervosismo? Por que tanto desespero?”, questionou o chefe de Estado. Segundo Jaua, o governo venezuelano espera o esclarecimento do caso para definir as medidas a serem tomadas.
Maduro disse que viajaria com uma aeronave da companhia aérea Cubana de Aviação e que o impedimento da passagem por Porto Rico “é uma falta grave”. “O que está acontecendo com os EUA? Por que tanto nervosismo? Por que tanto desespero?”, questionou o chefe de Estado.
Veto à Assembleia da ONU
O presidente venezuelano também afirmou que os EUA negaram visto ao ministro do despacho da presidência, o major geral Wilmer Barrientos, que participaria de um fórum da Assembleia Geral da ONU.
“Eles querem nos condicionar, que não vão dar o visto para o meu ministro (...) mas nós não estamos indo a Nova York porque queremos, de turistas ou a passeio, estamos indo a um organismo das Nações Unidas, e o governo dos EUA está obrigado a dar visto a toda delegação venezuelana”, manifestou.
Maduro disse que pediu a Jaua que “tome as medidas necessárias” e, se necessário, “medidas políticas”. “Não aceito que os EUA neguem o visto a meus funcionários, se tiver que tomar medidas diplomáticas, tomarei. Os EUA não são donos da ONU”, protestou, complementando: “Não podemos permitir que os EUA condicionem o acesso à ONU a nenhum chefe de Estado”.

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