quinta-feira, 1 de agosto de 2013

MALAFAIA E A TEOLOGIA DA PILANTRAGEM


Em vídeo, ele pede que seus fieis não façam nada contra pastores ladrões e pilantras porque são 
“ungidos do Senhor”. 

Sobre o autor: Kiko Nogueira

“Quem é que toca no ungido do Senhor e fica impune? Ungido do Senhor é problema do Senhor. Teu pastor é ladrão? Teu pastor é pilantra? Sai de lá e vai pra outra igreja. Não se mete nisso porque não é da sua conta”.
“Não toca em ungido que é problema. Já vi gente morrer por causa disso”.
Silas Malafaia conseguiu mais uma vez. Num de seus cultos, fez uma chantagem com seus seguidores. Disse a eles, basicamente, que não façam nada se o sujeito que estiver ali no púlpito for um bandido.
O “ungido do Senhor”, supõe-se, está acima da lei. Pode roubar, mas isso é problema exclusivo dele. Pode praticar a pilantragem que for, mas ninguém tem nada com isso. Só Deus poderia tomar uma atitude.
O neopentecostalismo de Malafaia oferece um salvo conduto a maus caracteres? Ele não defende explicitamente que sua plateia roube ou cometa crimes. Mas o líder da seita tem um estatuto especial que lhe permite ser bandido.
É a carteirada do Malafaia.
Fora tudo, falta a SM ler a Bíblia. São Pedro falou o seguinte: “Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem. Honrai ao rei”.
Pedro viveu, segundo a tradição, sob Nero. Ou seja, mesmo que Nero esteja no governo, o cristão deve respeitar as leis. Pedro pregou isso durante um império que o perseguiu e martirizou (morreu crucificado de cabeça para baixo em Roma).
Na estranha teologia de Malafaia, sua gangue está liberada para qualquer coisa. E quem abrir o bico já sabe o que acontece, mano.

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