Saiu no Estadão, em estado comatoso: GOVERNO DESISTE DE DOIS ANOS A MAIS NO CURSO DE MEDICINA
Não é verdade.
O Governo não desistiu dos dois anos adicionais para a formação dos médicos.
De reunião, nesta quarta-feira, no Ministério da Educação, com Mercadante e Padilha, que terminou às 13h30, participaram membros de uma comissão de especialistas, vinculada ao MEC, da Associação Brasileira de Educação Médica, e do Fórum Nacional de Dirigentes de Escolas Médicas.
Surgiu, aí, a proposta de:
1) universalizar a residência, que seria obrigatória para todo médico recém-formado;
2) seriam obrigados a fazer a residência os 12 mil médicos que entrarão nas escolas de Medicina do país, até 2017;
3) a residência seria INTEGRALMENTE no SUS, por dois anos, embora , em alguns casos, como na Pediatria, sejam necessários 3 anos;
Como a MP original do Mais Médicos previa que os dois anos adicionais PODERIAM ser feitos no SUS, mas não determinava como, o Ministro Padilha, da Saúde, concordou com a ideia.
Na verdade, a proposta de hoje e a original convergem a um ponto: adicionar aos conhecimentos acadêmicos dos recém-formados o convívio e o aprendizado com os pobres.
E garantir que os mais pobres que recorrem ao SUS – 100 milhões de brasileiros, ou seja, o MAIOR sistema público de saúde do mundo ocidental !, graças à Constituição Cidadã de 1988 – sejam atendidos segundo o espírito do Juramento de Hipócrates.
Essa proposta de hoje poderia, por isso, ser encaminhada ao Congresso, que examinará a MP do Mais Médicos.
Não deixe de assistir à escandalosa reportagem do SBT sobre os médicos que ganham sem trabalhar.
E, aqui, sobre o número impressionante de médicos, que, aparentemente, boicotaram a inscrição no Mais Médicos.
Paulo Henrique Amorim
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