Dezenas de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi foram mortos em confrontos com forças de segurança na capital, Cairo, após uma noite de protestos em massa.
O número de mortos exato no sábado (27) não estava claro, mas um correspondente da Al Jazeera informou que o Ministério da Saúde acredita em 60 até o momento, com base no número de corpos recebidos no necrotério, enquanto os médicos no hospital de campo em Nasr City, onde os apoiadores da Mursi estavam reunidos há um mês, falam em 120.
Se esse número se confirmar, será o pior incidente desde que Mursi foi derrubado pelo exército, há mais de três semanas.
Em 8 de julho, 53 pessoas, na sua maioria simpatizantes de Mursi, morreram quando homens armados abriram fogo perto de um complexo da Guarda Republicana.
O gabinete do Procurador-Geral anunciou no sábado que iria lançar uma investigação sobre a violência.
Em coletiva de imprensa, o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, acusou a Irmandade Muçulmana de provocar a violência a fim de ganhar a simpatia do público.
Ele negou que a polícia usou armas de fogo contra os civis, mas disse que os policiais foram alvejados por manifestantes. “Um grande número de policiais sofreu ferimentos”, disse ele.
“A atmosfera é muito, muito tensa”, disse Hoda Abdel Hamidela, da Al Jazeera. O chefe do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi, havia convocado a população para uma demonstração em massa na sexta-feira contra o que chamou de “terrorismo”.
Mursi, acusado de assassinato e outros crimes, está a caminho da mesma prisão de Hosn
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