Abdel Fattah al-Sisi, o chefe do exército egípcio, afirmou que insatisfação com Mursi é “sem precedente”
Sem diálogo ou aviso prévio à Presidência, os militares egípcios deram nesta segunda-feira (01/07) um ultimato para as forças políticas do país chegarem a um acordo para colocar fim nas ondas de manifestações no país. Segundo informações da imprensa local, as Forças Armadas exigem que o governo atenda os pedidos das manifestações, caso contrário, irão anunciar “um novo roteiro para o futuro do país”.
Em pronunciamento lido na rede estatal, o general Abdel Fattah al-Sisi, o chefe do exército egípcio, afirmou que o crescimento da insatisfação popular na semana passada reflete uma expressão popular “sem precedente” de raiva contra o president Mursi.
Sem diálogo ou aviso prévio à Presidência, os militares egípcios deram nesta segunda-feira (01/07) um ultimato para as forças políticas do país chegarem a um acordo para colocar fim nas ondas de manifestações no país. Segundo informações da imprensa local, as Forças Armadas exigem que o governo atenda os pedidos das manifestações, caso contrário, irão anunciar “um novo roteiro para o futuro do país”.
Em pronunciamento lido na rede estatal, o general Abdel Fattah al-Sisi, o chefe do exército egípcio, afirmou que o crescimento da insatisfação popular na semana passada reflete uma expressão popular “sem precedente” de raiva contra o president Mursi.
No entanto, segundo a imprensa europeia, o discurso do general al-Sisi não foi contundente ou deu explicações mais claras quanto à permanência de Mursi no cargo.
O clima definitivamente é de tensão no Egito. Além da pressão vinda das forças armadas, o movimento Tamarrod - que é a principal voz dos manifestantes nas ruas, criado para exigir a renúncia de Mohamed Mursi, divulgou hoje que deu um ultimato de 24 horas ao presidente. Caso a demanda não seja cumprida, o grupo ameaça lançar uma ação de “desobediência civil”.
Manifestantes colocaram fogo em prédio do governo
“Damos a Mohamed Mursi até amanhã (02) para deixar o poder e permitir às instituições do estado que preparem uma eleição presidencial antecipada”, afirma um comunicado publicado no site do movimento. Caso o presidente rejeite o ultimato, será lançada uma “campanha de desobediência civil total”, diz a nota oficial.
Frente às ameaças, quatro ministros egípcios entregaram hoje carta de demissão ao governo. Os chefes de Turismo, Ambiente, Comunicações e dos Assuntos Jurídicos e Parlamentares não "aguentaram a pressão popular", afirma a agência AFP, citando fontes governamentais.
Violência marcou as manifestações no Egito
Ontem, cerca de meio milhão de pessoas concentraram-se na Praça Tahrir. Já na cidade de Alexandria, dizem fontes oficiais, cerca de um milhão protestaram contra o governo.
No primeiro momento das manifestações, as frentes opositoras dividiam o espaço dos protestos com os favoráveis à administração de Mohamed Mursi. No entanto, a oposição sufocou o movimento de apoio e agora concentra todas as ações nas cidades egípcias.
Segundo o balanço feito hoje (01) pelo governo, 16 pessoas foram mortas e 900 ficaram feridas em confrontos com a polícia e defensores da administração Mursi. Manifestantes atacaram ontem à noite com pedras, tiros e coquetel molotov a sede do Partido da Liberdade e da Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, a que Mursi pertence.
Mohamed Mursi, que completou ontem um ano no governo, afirmou que não haverá uma segunda Primavera Árave, refutando o grito dos manifestantes que pedem sua renúncia. Segundo o presidente, sua saída da presidência representaria uma tragédia para o processo democrático do país, após os protestos que revolucionaram a vida política do país em 2010 e 2011 – processo que ficou gravado na história como Primavera Árabe.
“Não vou tolerar nenhuma ameaça a ordem constitucional. Se trocamos alguém da presidência que está no seu direito legítimo, um ano depois terão novas pessoas fazendo oposição e, depois de uma semana ou um mês, vão pedir a renúncia também. Dessa vez, não haverá revolução”, afirmou à imprensa europeia.
O clima definitivamente é de tensão no Egito. Além da pressão vinda das forças armadas, o movimento Tamarrod - que é a principal voz dos manifestantes nas ruas, criado para exigir a renúncia de Mohamed Mursi, divulgou hoje que deu um ultimato de 24 horas ao presidente. Caso a demanda não seja cumprida, o grupo ameaça lançar uma ação de “desobediência civil”.
Manifestantes colocaram fogo em prédio do governo
“Damos a Mohamed Mursi até amanhã (02) para deixar o poder e permitir às instituições do estado que preparem uma eleição presidencial antecipada”, afirma um comunicado publicado no site do movimento. Caso o presidente rejeite o ultimato, será lançada uma “campanha de desobediência civil total”, diz a nota oficial.
Frente às ameaças, quatro ministros egípcios entregaram hoje carta de demissão ao governo. Os chefes de Turismo, Ambiente, Comunicações e dos Assuntos Jurídicos e Parlamentares não "aguentaram a pressão popular", afirma a agência AFP, citando fontes governamentais.
Violência marcou as manifestações no Egito
Ontem, cerca de meio milhão de pessoas concentraram-se na Praça Tahrir. Já na cidade de Alexandria, dizem fontes oficiais, cerca de um milhão protestaram contra o governo.
No primeiro momento das manifestações, as frentes opositoras dividiam o espaço dos protestos com os favoráveis à administração de Mohamed Mursi. No entanto, a oposição sufocou o movimento de apoio e agora concentra todas as ações nas cidades egípcias.
Segundo o balanço feito hoje (01) pelo governo, 16 pessoas foram mortas e 900 ficaram feridas em confrontos com a polícia e defensores da administração Mursi. Manifestantes atacaram ontem à noite com pedras, tiros e coquetel molotov a sede do Partido da Liberdade e da Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, a que Mursi pertence.
Mohamed Mursi, que completou ontem um ano no governo, afirmou que não haverá uma segunda Primavera Árave, refutando o grito dos manifestantes que pedem sua renúncia. Segundo o presidente, sua saída da presidência representaria uma tragédia para o processo democrático do país, após os protestos que revolucionaram a vida política do país em 2010 e 2011 – processo que ficou gravado na história como Primavera Árabe.
“Não vou tolerar nenhuma ameaça a ordem constitucional. Se trocamos alguém da presidência que está no seu direito legítimo, um ano depois terão novas pessoas fazendo oposição e, depois de uma semana ou um mês, vão pedir a renúncia também. Dessa vez, não haverá revolução”, afirmou à imprensa europeia.
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