quinta-feira, 13 de junho de 2013

MAIS UM INDÍO É ASSASSINADO EM MATO GROSSO DO SUL


O Conselho Indigenista Missionário não descarta a hipótese de o crime ter ocorrido devido a conflitos agrários; na região de Paranhos, fronteira com o Paraguai e a 416 km de Sidrolândia, há vários relatos de focos de tensão entre os guarani-caiová e fazendeiros nos últimos meses. 

247 – Mais um índio foi morto em Mato Grosso do Sul. De acordo com o delegado Rinaldo Moreira, que investiga o caso, Celso Figueredo, 34 anos, da etnia guarani-caiová, foi assassinado com dois tiros na manhã de ontem em Paranhos (464 km de Campo Grande).
Paranhos faz fronteira com o Paraguai e está a 416 km de Sidrolândia, onde índios e fazendeiros disputam terras.
"Ele se dirigia a pé, acompanhado do pai, a uma fazenda nas proximidades da aldeia onde moram para receber o pagamento por um serviço prestado na lavoura. No caminho, um homem encapuzado saiu do matagal e disparou, utilizando uma espingarda e uma pistola. Foi o que nos relatou o pai da vítima, a única testemunha do crime", explicou o delegado.
O Cimi (Conselho Indigenista Missionário), ONG que auxilia os índios, não descarta a hipótese de o assassinato ter ocorrido devido a conflitos agrários. Segundo a assessoria de comunicação do órgão, há vários relatos de focos de tensão entre os guarani-caiová e fazendeiros na região de Paranhos nos últimos meses.
Nos governos petistas, subiu em 168% a média desse tipo de crime sobre a registrada nos oito anos de gestão de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Segundo dados do Cimi, nos dois primeiros anos do governo Dilma, 108 índios foram assassinados. Foram 51 mortes em 2011 e 57, em 2012. No governo FHC, a média foi de 20,9 assassinatos de índios por ano. Segundo o Cimi, 167 índios foram mortos de 1995 a 2002. O número subiu para 452 no governo Lula (2003-2010), um crescimento de 170,7%.
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