Em 2010, no meio daquela barafunda de acusações da campanha de Serra, onde Dilma era apontada como terrorista e abortista, encontro um colega empresário para um almoço. O amigo, não é de direita, registra-se.
Conversa vai, conversa vem e ele me relata um episódio que tinha vivido. Estava num bar frequentado por apreciadores de charutos, quando na mesa ao lado, alguém exaltado esculhambava Lula e Dilma com frases de baixíssimo nível.
O que, segundo o colega, o discursante mais repetia era “aquela terrorista” para se referir a Dilma.
Incomodado com os arroubos do vizinho de mesa, o colega olhou pra trás e reconheceu o discursante. Era Guilherme Afif Domingos, à época candidato a vice-governador do estado de São Paulo e que acaba de ser nomeado ministro do governo Dilma.
Liguei pro colega há pouco para que ele recontasse a história. Ele repetiu o que escrevi acima, mas não se recordava direito se também havia ouvido de Afif uma frase com o seguinte conteúdo. Algo como: o problema com a Dilma, os militares poderiam ter resolvido lá atrás.
Como a presidenta a partir de agora vai ter mais tempo com o vice-governador de Alckmin, quem sabe ela consiga perguntar-lhe se ele disse isso. E se disse, o que queria dizer com ter resolvido o problema lá atrás.
Claro, que isso não tinha nada a ver com política. Era só uma conversa de bar…
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