Dilma não quis dar uma “vitória moral” à dupla Dantas-Cunha.
Por que a votação na Câmara teve que chegar à quarta-feira ?
Não teria sido possível negociar antes com o Eduardo Cunha e apressar o serviço ?
Estaria tudo concluído na terça-feira à noite e a matéria chegaria mais cedo ao Senado.
O Conversa Afiada tinha previsto que a Presidenta ia para o voto, sem negociar.
O discurso da Presidenta Dilma Rousseff na posse do ministro Afif Domingos foi claro: não tem acordo com o Daniel Dantas, Eduardo Campriles e Eduardo Cunha e seus aliados de ocasião.
O que está por trás dessa estratégia ?
Derrotar Cunha.
Mostrar o tamanho dele.
Já que o PMDB não o controla, ela tem que provar que Dantas e Cunha não a sitiarão no Palácio.
Dilma poderia deixar Cunha ganhar um ou outro destaque e apressar a votação.
Perder para ganhar.
Mas, isso daria um pedaço de vitória a Cunha e a Dantas.
Ele teria uma “vitória moral”.
Mas, Dilma precisava reduzir Cunha e Dantas às suas devidas proporções.
Cunha pode mandar no PMDB.
Mas, não manda nela.
Não teve acordo.
Era preciso derrotá-lo em todos os destaques.
Ou o Brasil é uma republiqueta em que um empresário condenado a dez anos de cadeia – que o delegado Protógenes chama de “banqueiro bandido” – possa imobilizar a República ?
O Governo Dilma não é o Governo Fernando Henrique.
Cunha aprendeu.
E Dantas também.
Paulo Henrique Amorim
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