terça-feira, 7 de maio de 2013

Desmatamento na Amazônia diminui, mas continua

O desmatamento da Amazônia Legal (todos os seis Estados da Região Norte que possuem vegetação amazônica, mais o Mato Grosso e parte do Maranhão) teve queda de 40% em março e abril deste ano em comparação com o mesmo bimestre do ano passado, segundo os dados agora divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE), de São José dos Campos (SP).
Os dados divulgados englobam dois tipos de desmatamento: degradação (desmatamento parcial) e corte raso (desmatamento total) da floresta, registrados pelo sistema de detecção de Desmatamento em Tempo Real - DETER do INPE, que os analisa através de imagens de satélite. Mas, segundo o INPE, só foi possível visualizar em março 44% da área da região amazônica e, em abril, 58%. O restante ficou encoberto por nuvens, que impossibilitaram a detecção de desmates.
Mesmo com a queda, no segundo bimestre de 2013, a floresta perdeu uma área de 174,94 km², o equivalente a 10 vezes o tamanho da arquipélago de Fernando de Noronha (PE). Em março e abril de 2012, a perda de vegetação captada pelo instituto foi de 292,19 km². Nos mesmos meses de 2011, a queda foi mais acentuada: 70%.
Mato Grosso registrou maior índice de desmatamento
De acordo com o INPE, Mato Grosso foi o Estado que mais registrou áreas de floresta devastadas nos dois últimos meses - recorde que o Estado já registrou outras vezes. Os satélites detectaram um total de 83,57 km² de vegetação nativa derrubada em março e abril deste ano. Mas, na comparação com o mesmo período de 2012, houve queda de 61%. Rondônia ficou na 2ª posição da lista dos Estados que mais desmataram a floresta, seguido do Amazonas e Roraima.
No fim de 2012, o Ministério do Meio Ambiente divulgou que a Amazônia Legal registrou o menor índice de desmatamento desde que foram iniciadas as medições, em 1988, pelo INPE.
Segundo os dados do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (PRODES), que fornece taxas anuais de desmatamento, entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve o desmate de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo. O índice foi 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²). Foi a menor taxa desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988.
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