quinta-feira, 28 de março de 2013

Guantánamo: Greve de fome de prisioneiros chega a sete semanas


Detidos em área de espera na prisão em Cuba].

Porta-voz do presídio admitiu que oito pessoas já precisaram receber nutrientes por meio de tubos devido à perda de peso decorrente do movimento.

A greve de fome promovida por prisioneiros de Guantánamo, que chegou a sete semanas de duração e soma um número crescente de adeptos, fez com que o CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) adiantasse sua visita ao presídio norte-americano localizado em território cubano.
Em anúncio realizado hoje, a organização informou que a delegação que visitará a prisão é composta por duas pessoas, com um médico entre elas.
“Para tentar entender as tensões atuais e a greve de fome em curso, decidimos começar essa visita antes. O CIVC tinha previsto inicialmente visitar os prisioneiros de Guantánamo a partir de 1º de abril”, afirmou o porta-voz do organismo Bijan Farnudi, segundo a agência AFP. Será a 92ª visita que a organização realizará à prisão.
A greve de fome é um protesto dos prisioneiros pelo tratamento que recebem no local e por sua reclusão indefinida, na maioria das vezes realizada sem julgamento.
O movimento, no entanto, teve início no dia 6 de fevereiro, quando, durante uma inspeção, alguns detentos afirmaram que os carcereiros confiscaram bens pessoais como fotografias, cartas e exemplares do Corão, fato considerado como uma “profanação religiosa”.
Segundo o Center for Constitutional Rights, grande parte dos 130 presos que se encontram no Campo 6 da prisão aderiram ao protesto. Segundo o capitão Robert Durand, um dos porta-vozes do presídio, no entanto, 24 presos realizam greve de fome, dos quais oito perderam tanto peso que foram obrigados a receber nutrientes líquidos através de tubos.
No início do ano, a ONU divulgou um comunicado no qual expressou que os EUA violam a legislação internacional dos direitos humanos por manter cidadãos não julgados presos indefinidamente. Antes de iniciar seu primeiro mandato, em 2009, o agora reeleito presidente dos EUA, Barack Obama, havia prometido o fechamento da prisão, o que ainda não ocorreu.
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