Por Charles Alcantara em seu Blog
É visível a dificuldade que políticos, jornalistas e cientistas sociais enfrentam para interpretar o significado da REDE.
Há perplexidade, desconfiança, estranhamento, oposição liminar, tentativas de desqualificação, ataques já irados, mal se configurou o partido resultante dessa nova força social. Mas, acima de tudo, há esperança.
Não há respostas prontas, apenas o não querer ser mais um ator político a encarar o poder como um fim em si mesmo; o não querer mais reduzir a política a negócio. E um querer profundo de ser um abrigo para forças sociais de dentro e de fora do sistema partidário.
Provocado por um querido amigo se eu me tornara messiânico ou se a REDE consistia numa nova ciência política ou uma releitura do Instituto Milênio, disse-lhe que nem uma coisa e menos ainda outra.
A ciência é viva e se renova pelo experimento.
Ciência é a vida pulsante e não a fossilização de uma cultura e prática políticas que fizeram dos partidos um espaço reagente à participação criativa e ao espírito crítico e inovador.
Também não há, entre os que estão construindo a REDE, o mais pálido impulso messiânico, embora as cúpulas partidárias se beneficiem da sacralização, que faz com que os seus erros e desvirtuamentos sejam perdoados e justificados em razão de “nobres” fins, corrompidos pela crença de que fins “nobres” possam – e até devam – ser buscados por meios pervertidos.
A REDE quer ser um abrigo de ativistas autorais, lutadores sociais de muitos lugares do Brasil e de muitas origens e causas diversas; quer ser abrigo de homens e mulheres, negros, índios, jovens, idosos, sonhadores e mantenedores de utopias; quer, mesmo sendo um partido, questionar e quebrar o monopólio partidário da representação política; quer, portanto, nos alçar a um patamar “além-partido”.
Há perplexidade, desconfiança, estranhamento, oposição liminar, tentativas de desqualificação, ataques já irados, mal se configurou o partido resultante dessa nova força social. Mas, acima de tudo, há esperança.
Não há respostas prontas, apenas o não querer ser mais um ator político a encarar o poder como um fim em si mesmo; o não querer mais reduzir a política a negócio. E um querer profundo de ser um abrigo para forças sociais de dentro e de fora do sistema partidário.
Provocado por um querido amigo se eu me tornara messiânico ou se a REDE consistia numa nova ciência política ou uma releitura do Instituto Milênio, disse-lhe que nem uma coisa e menos ainda outra.
A ciência é viva e se renova pelo experimento.
Ciência é a vida pulsante e não a fossilização de uma cultura e prática políticas que fizeram dos partidos um espaço reagente à participação criativa e ao espírito crítico e inovador.
Também não há, entre os que estão construindo a REDE, o mais pálido impulso messiânico, embora as cúpulas partidárias se beneficiem da sacralização, que faz com que os seus erros e desvirtuamentos sejam perdoados e justificados em razão de “nobres” fins, corrompidos pela crença de que fins “nobres” possam – e até devam – ser buscados por meios pervertidos.
A REDE quer ser um abrigo de ativistas autorais, lutadores sociais de muitos lugares do Brasil e de muitas origens e causas diversas; quer ser abrigo de homens e mulheres, negros, índios, jovens, idosos, sonhadores e mantenedores de utopias; quer, mesmo sendo um partido, questionar e quebrar o monopólio partidário da representação política; quer, portanto, nos alçar a um patamar “além-partido”.
ALGUMAS INOVAÇÕES DA REDE
1. Limite para exercício de mandato parlamentar (uma única reeleição para cada cargo parlamentar);
2. Limite (em valor nominal) para doação de campanha, de modo a não permitir que haja um grande doador que se aproprie de quaisquer mandatários;
3. Obrigatoriedade de divulgação, pelos candidatos, dos doadores e respectivos valores doados, a fim de que os eleitores saibam, no decorrer da campanha eleitoral – e não somente após o pleito - quem financia cada candidato da REDE;
4. Criação de Conselho Político Cidadão Nacional, composto por cidadãos e cidadãs militantes de causas e movimentos populares, sociais, socioambientais, de defesa dos direitos humanos e de minorias, de representantes de povos e populações indígenas e tradicionais locais de distintas regiões do Brasil e cientistas das mais diversas áreas do conhecimento e instituições de pesquisa, com o propósito de exercer o monitoramento e o controle social independentes sobre os posicionamentos e práticas da REDE e de seus dirigentes;
5. Adoção de instrumentos efetivos de democracia direta (consultas, plebiscitos e referendos) com posição superior aos órgãos de governança da REDE no processo decisório;
DIREITO/DEVER DE AUTO-DISSOLUÇÃO
O Parágrafo único do artigo 1º do Estatuto da REDE estabelece que, no prazo de 10 (dez) anos após o seu registro no TSE, será realizada uma ampla consulta a todos os filiados e integrantes da REDE a respeito do rumo e da continuidade da existência do partido, das condições de sua refundação ou de sua extinção.
Deixando de cumprir os fundamentos que deram causa à sua fundação, melhor que deixe de existir, não é mesmo?
Esse deveria ser o destino de muitas instituições, inclusive partidárias, que existem qual zumbis que anseiam pela eterna escuridão.
__________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário