segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Morre ex-general paraguaio Lino Oviedo em acidente de helicóptero

Foi confirmada neste domingo (03/02) a morte do ex-general paraguaio e candidato à eleição presidencial Lino Oviedo, de 69 anos. O helicóptero que transportava Oviedo desapareceu na noite deste sábado (02/02), por volta das 23h. 

A confirmação foi feita pelo jornal Ultima Hora, citando Victor Galeano Perrone, homem próximo ao presidenciável paraguaio e dirigente do partido Unace (União Nacional de Cidadãos Éticos).

O ex-general concede entrevista logo após o golpe de Estado contra Fernando Lugo, iniciativa do Congresso apoiada por ele
Ontem, após o acidente, uma equipe saiu em busca do ex-general e encontrou a aeronave que o transportava caída em uma fazenda na região do Chaco paraguaio. O helicóptero está totalmente destruído e incendiado. Junto a ele, foram avistados três corpos carbonizados. As informações de empregados da fazenda dão conta de que todos os ocupantes -- Oviedo, o piloto e o copiloto -- morreram.
Lino regressava de Concepción, onde havia participado de uma reunião política, para Assunção. Ele era o candidato à eleição presidencial paraguaia, marcada para 21 de abril desse ano. Ele apoiou o golpe de Estado contra o presidente Fernando Lugo, em junho de 2012 e fez parte do golpe contra o ditador Alfredo Stroessner. Coincidentemente, Oviedo faleceu no mesmo dia em que a ditadura de quase 35 anos foi derrubada.
Leia entrevista feita com Oviedo após o golpe no Paraguai: Se Dilma romper com o Paraguai, quem perde é o Brasil, diz Lino Oviedo
O presidente Federico Franco, que assumiu o poder no país após o golpe contra Lugo, decretou três dias de luto nacional pela morte de Oviedo e enviou condolências à família do ex-general. O governo paraguaio também anunciou a contratação de uma equipe de peritos estrangeira para investigar as causas do acidente. “A ideia é esclarecer tudo, como aconteceu tudo. Não se descarta nenhuma possibilidade", afirmou o ministro do Interior, Carmelo Caballero.
Biografia
Nascido em Juan de Mena, Paraguai, Oviedo já foi comandante do Exército, esteve preso por tentativa de golpe e criou um partido justamente para ser o líder e candidato nas eleições presidenciais.
Além do golpe, Oviedo foi acusado de mandar matar o ex-vice-presidente Luis María Argaña. O ex-general chegou a ser condenado a dez anos de prisão em 1996, mas foi solto com cerca da metade da pena cumprida e, na sequência, autorizado a disputar o pleito presidencial. Antes, porém, chegou a ficar preso e mais tarde teve o ‘status’ de exilado no Brasil, concedido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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