Ye Shiwen
Por: Paulo Nogueira
Que diferença faz um professor na nossa vida?
O professor primário de uma chinesinha de sete anos, filha de uma família humilde, notou que ela tinha pés e mãos maiores do que os dos demais alunos. Recomendou que ela fizesse natação.
Este é o começo da história de Shiwen Ye, a nadadora chinesa de 16 anos que aparentemente está se tornando o grande nome de Londres 2012.
Ye – Shiwen é o sobrenome – chocou o mundo da natação ao ganhar espetacularmente a prova de 400 metros medley – em diferentes estilos. O choque veio primeiro porque ela quebrou o recorde mundial com folga. Depois, porque nos últimos cinquenta metros, no meio da etapa livre, ela foi mais rápida que o nadador que venceu a prova masculina.
E finalmente porque uma onda de maledicência se ergueu em torno do feito de Ye, partida – claro – dos americanos. “Impossível”, disse ao jornal Guardian o técnico da equipe de natação dos Estados Unidos. A imprensa internacional imediatamente repercutiu. Ele disse que o resultado de Ye remetia aos feitos sensacionais das alemãs orientais – dopadas – nos anos 1970 e 1980.
Mas logo ficou claro que as insinuações eram uma mistura de leviandade, inveja e dor de cotovelo. Ye, anunciou o chefe do Comitê Olímpico Britânico, está “limpa”. Foi submetida, como todos os demais nadadores, a múltiplos testes. “Ela merece reconhecimento pelo seu talento”, disse ele.
Na mídia social, os internautas também se ergueram em defesa de Ye. Escreveu alguém para o dirigente americano: “Se você tem provas, fale. Se não tem, fique calado.”
Clap, clap, clap.
Se a recordista fosse americana ou britânica, alguém estaria falando alguma coisa?
Um dirigente chinês lembrou que em 2008, em Beijing, o americano Michael Phelps ganhou oito medalhas de ouro sem que ninguém levantasse dúvidas quanto à lisura de seu feito.
Desde o conselho do professor, Ye, 1m74 e 64 kg, vive quase todo o tempo na piscina. Nos últimos meses, ela não treinou apenas um dia. Fora da rotina impiedosa de nadadora, seus passatempos são livros policiais e televisão.
Ye é o rosto da China moderna: vitoriosa, auto-confiante – e alvo de intensa dor de cotovelo do Ocidente.
O professor primário de uma chinesinha de sete anos, filha de uma família humilde, notou que ela tinha pés e mãos maiores do que os dos demais alunos. Recomendou que ela fizesse natação.
Este é o começo da história de Shiwen Ye, a nadadora chinesa de 16 anos que aparentemente está se tornando o grande nome de Londres 2012.
Ye – Shiwen é o sobrenome – chocou o mundo da natação ao ganhar espetacularmente a prova de 400 metros medley – em diferentes estilos. O choque veio primeiro porque ela quebrou o recorde mundial com folga. Depois, porque nos últimos cinquenta metros, no meio da etapa livre, ela foi mais rápida que o nadador que venceu a prova masculina.
E finalmente porque uma onda de maledicência se ergueu em torno do feito de Ye, partida – claro – dos americanos. “Impossível”, disse ao jornal Guardian o técnico da equipe de natação dos Estados Unidos. A imprensa internacional imediatamente repercutiu. Ele disse que o resultado de Ye remetia aos feitos sensacionais das alemãs orientais – dopadas – nos anos 1970 e 1980.
Mas logo ficou claro que as insinuações eram uma mistura de leviandade, inveja e dor de cotovelo. Ye, anunciou o chefe do Comitê Olímpico Britânico, está “limpa”. Foi submetida, como todos os demais nadadores, a múltiplos testes. “Ela merece reconhecimento pelo seu talento”, disse ele.
Na mídia social, os internautas também se ergueram em defesa de Ye. Escreveu alguém para o dirigente americano: “Se você tem provas, fale. Se não tem, fique calado.”
Clap, clap, clap.
Se a recordista fosse americana ou britânica, alguém estaria falando alguma coisa?
Um dirigente chinês lembrou que em 2008, em Beijing, o americano Michael Phelps ganhou oito medalhas de ouro sem que ninguém levantasse dúvidas quanto à lisura de seu feito.
Desde o conselho do professor, Ye, 1m74 e 64 kg, vive quase todo o tempo na piscina. Nos últimos meses, ela não treinou apenas um dia. Fora da rotina impiedosa de nadadora, seus passatempos são livros policiais e televisão.
Ye é o rosto da China moderna: vitoriosa, auto-confiante – e alvo de intensa dor de cotovelo do Ocidente.
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