sexta-feira, 25 de maio de 2012

“Lembram-se desta propaganda da época em que José Serra era governador de São Paulo?



Aprovado em 2007 pelo próprio Serra, o Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, ou simplesmente Expansão SP 2008-2010, foi “vendido” como o maior projeto de transporte público já realizado no Brasil. Tinha ainda um slogan sedutor: mais qualidade de vida, mobilidade e desenvolvimento.
Porém, quem hoje, em 2012, usa as linhas do Metrô paulistano e da CPTM (na capital e Região Metropolitana) sabe muito bem que há uma distância monumental entre a propaganda tucana — trens modernos, confortáveis, espaçosos, ligeiros, arejados – e a realidade vivida pela população – vagões superlotados, paradas constantes, viagens lentas, falhas.
Desde 2007, no mínimo 102 panes graves aconteceram no Metrô de São Paulo; apenas em 2012, somam 33. A da quarta-feira retrasada, 16 de maio, levou à colisão de dois trens na Linha 3-Vermelha, entre as estações Penha e Carrão. Acidente inédito nos quase 38 anos de operação do metrô paulistano, causou danos a 103 usuários (49 usuários feridos, 54 passaram mal).
Nas linhas da CPTM, foram 124 panes de 2010 a 20 de abril de 2012, sendo 33 este ano. Houve ainda atropelamento e morte de cinco funcionários (em 2011), três choques de trens (em 2012) que deixaram 54 feridos e revolta da população na estação Francisco Morato (também 2012) por causa dos atrasos constantes.
Nessas horas, invariavelmente, os sucessivos governos tucanos têm terceirizado a responsabilidade, jogando a culpa “nos outros”. Os bodes expiatórios são manjados: aumento de passageiros, falha técnica, blusa vermelha, disputa eleitoral.”
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