terça-feira, 3 de abril de 2012

Globo segura a vela do mensalão e da Veja


O amigo navegante se lembra do post “Cachoeira filmou corrupção dos Correios para vingar Demóstenes”.
Ali, o ex-prefeito de Anápolis Ernani de Paula desmonta o “mensalão” (que ainda está por provar-se, segundo o Mino Carta) e atribui a uma trapaça de Cachoeira com Demóstenes o vídeo que deu origem ao Golpe do Mensalão para derrubar o Presidente Lula.
(Terá o Padim Pade Cerra, com seu notório estilo do “Jogo Limpo”, contribuido para isso, pergunta o autor Renato Santos.)
Na mesma entrevista, Ernani de Paula mostrou que um determinado “repórter” da Veja (Clique aqui para ler “Nassif, deixe o Policarpo pra lá; quem manda é o Robert(o) Civita”) frequentava a empresa de genéricos (êpa ! êpa !) do Cachoeira em Anápolis.
Pois, nada disso interessa ao Globo, especialista em blindar a Veja e ainda pedir desculpas.
Saiu no Globo, na pág. A4, entrevista com Ernani de Paula, mas, sob um prisma muito específico: matar o Demóstenes e salvar os dedos: 

Senador teria recebido R$ 3 milhões de Cachoeira na campanha para governador em 2006 

Ex-prefeito de Anápolis pelo DEM, Ernani De Paula afirmou na segunda-feira que o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, engordou com R$ 3 milhões a campanha do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) ao governo de Goiás em 2006. Ernani e Demóstenes foram aliados políticos até o final da campanha de 2006. O ex-prefeito foi cassado em 2003 e hoje não pertence mais ao DEM. 
Sandra Melon, a ex-mulher de Ernani, foi primeira suplente de Demóstenes no Senado por oitoanos. Ernani se engajou na campanha de Demóstenes porque, se o senador fosse eleito governador, a ex-mulher assumiria uma vaga no Senado. 
— O Cachoeira me disse que deu em torno de R$ 3 milhões para a campanha do Demóstenes — contou Ernani. 
O ex-prefeito conta que foi ao escritório de Cachoeira na Vitapan, uma das empresas do contraventor, em Anápolis, para pedir dinheiro. Os recursos entrariam a título de publicidade num jornal e numa TV comunitária controlados por Ernani. 
— Foi na Vitapan, no final da tarde, eu não estava sozinho. Tinha outras pessoas. Ele (Cachoeira) fez o comentário, disse que já tinha colocado aí em torno de R$ 3 milhões na campanha dele (Demóstenes). Disse que não aguentava mais (dar dinheiro) porque a campanha já estava cara — afirmou Ernani. 
Ele disse que a conversa foi presenciada por duas pessoas. Uma seria o jornalista Henrique Morgatini, hoje assessor de imprensa da Prefeitura de Anápolis. Ernani disse, porém, que não viu a entrega do dinheiro. Os recursos, segundo ele, não foram declarados à Justiça Eleitoral. Procurado pelo GLOBO por meio da assessoria de imprensa, Demóstenes não retornou.
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