quinta-feira, 29 de março de 2012

Emboscada no Pará contra fiscais do desmate ilegal

O país e o governo não podem e não devem tolerar milícias armadas, seja onde for - no Rio, onde elas infelizmente proliferam, no Pará, onde elas montam emboscada. Não pode admitir que elas existam formadas por quem for, por bandidos assumidos ou por jagunços de grileiros ou madeireiros ilegais.
Desta vez, o absurdo ocorreu no Pará, onde fiscais foram emboscados e alvo de tiros, durante ação de combate ao desmate ilegal. A equipe de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e do Instituto Chico Mendes (ICMBio) era formada por três fiscais e seis policiais militares ambientais do Pará.
Ela seguia pela BR-163, em Novo Progresso, quando se deparou com o caminho bloqueado por troncos de madeira. Foi abordada por dois homens armados, com máscaras e coletes à prova de balas. De acordo com o boletim de ocorrência, um policial militar estava no banco da frente da caminhonete do ICMBio e, quando o fiscal Márcio Rabello, que dirigia o veículo, reduziu a velocidade por conta do bloqueio, o policial colocou a mão na arma, fazendo um dos homens marcarados disparar contra o veículo. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Os autores da emboscada, não identificados, fugiram.
O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, disse que a Polícia Federal (PF) que está deslocando agentes de Santarém (PA) para o local e que solicitou a presença da Força Nacional na região. E é exatamente isso que deve ser feito.
A Força Nacional deve ser enviada imediatamente, junto com a PM paraense e a PF , para desarmar essas milícias, prender seus participantes, responsáveis, financiadores e mandantes, a serviço de quem quer que seja - latifundiário, pecuaristas, grileiros, madeireiros clandestinos. Ou, até mesmo, de empresas que acreditam que vivem em um país sem lei.
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