Que a condição do Vaticano como rota internacional para lavagem de
dinheiro é “preocupante” não é novidade para ninguém.
Mas o status
duvidoso da chamada Santa Sé agora é oficial, de acordo com a nova lista
de 67 países potencialmente suscetíveis à lavagem de dinheiro
proveniente do tráfico internacional de drogas, publicada pelo
Departamento de Estado americano.
Sob a mesma rubrica “Estados
preocupantes”, à qual o Estado papal agora faz parte, estão Albânia e
Iêmen.
A condição ainda é melhor que a do Brasil, que figura entre os
chamados “Estados de alto risco”, com Afeganistão e Ilhas Cayman.
Mas já
preocupa o papa Ratzinger, disposto a tentar impedir a lavagem de
dinheiro no Banco do Vaticano (IOR).
Bento XVI quer forçar o Estado a adotar as regras internacionais
recomendadas pela ONU e aplicadas pela União Europeia. No fim de 2010,
criou até o posto de “Autoridade para Informações Financeiras”. A julgar
pelas últimas denúncias de reciclagem de dinheiro sujo a envolver o
IOR, a autoridade do sumo pontífice parece não surtir o efeito desejado.
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