quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

De Homs a Valência, não faltam violações aos Direitos Humanos

Basta ver as cenas em Atenas e Valência.
É o caso de se levar as verdadeiras rebeliões, as insurreições populares na Grécia e as manifestações estudantis na Espanha contra seus governos aos organismos de direitos humanos e ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como dar apoio material e de propaganda - como já se fez e o fazem em Benghazi, na Líbia e em Homs, na Síria.
Se aplicarmos os critérios e a política da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e dos Estados Unidos sobre a defesa dos direitos humanos, teríamos que apoiar politicamente os movimentos das ruas europeias. Afinal, nas ruas na Espanha e na Grécia a repressão tem a mesma face daquela que se abate contra os anseios populares na Síria e na Líbia.
Por aquelas paragens, as autoridades locais violam o direito sagrado à manifestação e ao protesto. Mas, claro, isso se dá no âmbito da intervenção aberta e direta da Alemanha e França na Grécia e na Itália. Por ali, os governos foram derrubados por pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, sob coordenação da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Políticas desastrosas
Nesses casos, verdadeiros interventores foram nomeados para governar os países em dificuldade. Por sinal, a situação de Portugal não é diferente e, mesmo, a da Espanha, ainda que seus governos, de bom grado, apliquem as políticas equivocadas e desastrosas da União Europeia. Assistimos, ainda, a intervenção de Merkel, e do primeiro ministro britânico, David Cameron, a favor de Sarkozy nas eleições presidenciais francesas.

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