terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Rússia lidera novo bloco econômico, vinte anos após fim da URSS

Vladimir Putin nega que intenção seja recriar URSS, mas classifica nova União Euroasiática como “avanço histórico”.
 
Há exatos vinte anos, a bandeira da União Soviética deixava de ser hasteada no Kremlin, dando lugar à bandeira da Federação Russa. Mikhail Gorbachev renunciou ao cargo em 25 de dezembro de 1991 e a União Soviética deixou formalmente de existir. A nostalgia dos tempos soviéticos ainda está presente em muitas das ex-repúblicas e, politicamente, um primeiro passo para a integração entre os antigos países do bloco soviético foi dado no mês passado.
No dia 18 de novembro, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev e da Belarus, Aleksandr Lukashenko ratificaram um acordo com o objetivo de estreitar os laços entre os antigos parceiros soviéticos, com a assinatura de uma declaração de integração econômica euroasiática cuja meta é a criação de um Espaço Econômico Comum entre os três países. Os líderes signatários deixaram claro que isso não significa um retorno ao passado soviético, mas sim uma maneira de fortalecer os laços históricos entre eles.
A Comissão Econômica Euroasiática começará a operar no dia 1º de janeiro de 2012 e os tratados assinados entrarão em vigor no mesmo dia.
O principal objetivo a curto-prazo é a criação da União Econômica Euroasiática, em 2015, consolidando a economia dos três países e abrindo espaço para a gradual integração de outras nações. O PIB (Produto Interior Bruto) da União Euroasiática, com os três países fundadores, seria de 2 trilhões de dólares, um valor ainda pequeno se comparado aos 16 trilhões de dólares da União Europeia, “mas é somente um primeiro passo”, afirma o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, idealizador da União.
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