Vladimir Putin nega que intenção seja recriar URSS, mas classifica nova União Euroasiática como “avanço histórico”.
Há exatos vinte anos, a bandeira da União Soviética deixava de ser
hasteada no Kremlin, dando lugar à bandeira da Federação Russa. Mikhail
Gorbachev renunciou ao cargo em 25 de dezembro de 1991 e a União
Soviética deixou formalmente de existir. A nostalgia dos tempos
soviéticos ainda está presente em muitas das ex-repúblicas e,
politicamente, um primeiro passo para a integração entre os antigos
países do bloco soviético foi dado no mês passado.
No dia 18 de novembro, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, do
Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev e da Belarus, Aleksandr Lukashenko
ratificaram um acordo com o objetivo de estreitar os laços entre os
antigos parceiros soviéticos, com a assinatura de uma declaração de
integração econômica euroasiática cuja meta é a criação de um Espaço
Econômico Comum entre os três países. Os líderes signatários deixaram
claro que isso não significa um retorno ao passado soviético, mas sim
uma maneira de fortalecer os laços históricos entre eles.
A Comissão Econômica Euroasiática começará a operar no dia 1º de janeiro
de 2012 e os tratados assinados entrarão em vigor no mesmo dia.
O
principal objetivo a curto-prazo é a criação da União Econômica
Euroasiática, em 2015, consolidando a economia dos três países e abrindo
espaço para a gradual integração de outras nações. O PIB (Produto
Interior Bruto) da União Euroasiática, com os três países fundadores,
seria de 2 trilhões de dólares, um valor ainda pequeno se comparado aos
16 trilhões de dólares da União Europeia, “mas é somente um primeiro
passo”, afirma o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, idealizador da
União.
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