Detido na Bahia, o empresário Marcos Valério não participará da audiência do processo que investiga desvios de R$ 3,5 milhões na época de Eduardo Azeredo e Walfrido dos Mares Guia; gestado em Minas, o esquema depois ganhou o Brasil.
Os advogados do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e de seus ex-sócios na agência de publicidade DNA Propaganda, Ramon Hollerbach Cardoso, Francisco Castilho e Margareth Queiroz de Freitas, entraram hoje com pedidos de habeas corpus para os quatro no Tribunal de Justiça da Bahia.
Acusado de ser o pivô do esquema do mensalão, Valério foi preso na sexta-feira, 2, junto com os ex-sócios e mais 11 pessoas, acusados de envolvimento em um esquema de fraudes com documentos de imóveis para a legalização de terras griladas e criação de fazendas "fantasmas" usadas como garantia para empréstimos e renegociações de dívidas.
Segundo o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, não há previsão para que os desembargadores baianos analisem os pedidos de habeas corpus, mas ele afirmou que, mesmo que eles sejam libertados, o empresário não vai participar da audiência marcada para amanhã na 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. É lá que tramita o processo do esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro, que, segundo o Ministério Público, foi responsável pelo desvio de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para financiar a campanha à reeleição do então governador e atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB).
Valério é réu no processo junto com o ex-ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia e mais sete pessoas. Azeredo e seu candidato a vice, atual senador Clésio Andrade (sem partido), também são acusados, mas o processo foi desmembrado e a parte relativa a eles enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) por causa do foro privilegiado dos réus.
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