Um livro que será lançado em janeiro nos Estados Unidos afirma que o
ex-presidente Richard Nixon manteve uma relação homossexual com o
banqueiro Charles "Bebe" Rebozo, que supostamente tinha ligações com a
máfia.
Nixon, que governou os EUA entre 1969 e 1974, era considerado uma pessoa homofóbica. O livro conta que quando um assessor de Lyndon Johnson, seu antecessor na Casa Branca, foi encontrado mantendo relações com um marinheiro, Nixon o chamou de "doente" e disse que esse tipo de pessoa não poderia ocupar cargos de confiança. A amizade de Nixon e Rebozo era bastante conhecida durante os anos em que governou o país. O ex-presidente costumava frequentar a casa do banqueiro em Key Biscayne, na Flórida, tanto com sua mulher como sozinho. Segundo o FBI, o Rebozo era muito próximo de dois dos maiores gângsteres da década de 60, Santo Trafficante e Alfred "Big Al" Polizzi.
Para escrever o livro, Fulsom recorreu a relatórios oficiais e entrevistou antigos funcionários da Casa Branca e ex-congressistas. Em depoimento ao autor, um ex-repórter da Time contou que durante um jantar em Washington, viu Nixon segurando a mão do banqueiro sob a mesa. A obra também reforça a fama de misógino do ex-presidente, ao assegurar que ele maltratava a mulher. Além disso, afirma que Nixon tinha problemas com a bebida e que seus assessores mais próximos o tratavam como "nosso bêbado".
Richard Nixon foi o único presidente americano que renunciou ao cargo, em 1974, depois de ver seu nome envolvido em denúncias de escutas ilegais na sede do Partido Democrata. Na oportunidade, junho de 1972, cinco pessoas foram detidas instalando escutas telefônicas e fotografando documentos. Mais tarde, uma investigação do jornal Washington Post indicou que Nixon sabia da ação. O caso Watergate, como acabou sendo chamado o escândalo, marcou a história da política americana.
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