O líder guarani-caiová Nísio Gomes foi assassinado na manhã desta sexta-feira (18) por homens encapuzados, entre as cidades de Amambai e Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), o corpo do índio foi levado em uma caminhonete Hilux.
Segundo informações preliminares, outros dois membros da comunidade foram levados pelos pistoleiros.
A Funai ainda não sabem se eles estão mortos.
O Aty Guassú, conselho de lideranças guaranis, afirma que uma mulher e uma criança de cinco anos também foram mortos.
O grupo de Gomes acampa há cerca de 15 dias numa área conhecida como Ochokue/Guaviry, uma das aldeias que os guaranis reconhecem como território tradicional e tentam retomar -- e que hoje estão ocupadas por fazendas.
Guaviry é uma das áreas incluídas pela Funai nos processos de identificação de terras tradicionais guaranis, iniciados em 2008. A região do sul de Mato Grosso do Sul é o palco mais grave de conflitos entre indígenas e fazendeiros do Brasil.
A Funai informou que a Polícia Federal e a Polícia Civil já estão no local. O presidente da Funai, Márcio Meira, por enquanto não tem planos de ir ao local do assassinato.
Na quarta-feira, um ônibus com conselheiros do Aty Guassú que visitava o acampamento de Guaviry havia sido retido por fazendeiros -- armados, segundo os índios -- por várias horas.
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