Editor do Jornal da Globo, William Waack (esq.), e diretor de redação de Época, Hélio Gurovitz (dir.), foram informantes do governo americano durante o processo eleitoral de 2010, segundo o Wikileaks; para William Waack, Dilma Rousseff era a candidata “menos coerente”.
Hélio Gurovitz, que passou pela Folha de S. Paulo e pela Exame, antes de chegar à Época, levado por Paulo Nogueira, também foi ouvido pelos americanos. Disse ele que o Brasil tinha uma sociedade parecida com a chilena e que o País estava pronto para alternar os partidos no poder. Ou seja: depois de oito anos de Lula e PT, seria possível voltar aos braços do PSDB. E o Chile havia acabado de eleger o conservador Sebastian Piñera, encerrando o ciclo de esquerda, dos partidos da chamada Concertación.
Tanto a TV Globo como a Época mal disfarçaram sua opção política em 2010. Numa entrevista do Jornal Nacional, William Bonner e Fátima Bernardes chegaram a ser agressivos com Dilma e tiveram uma postura distinta com José Serra. Outro episódio polêmico foi o da agressão sofrida pelo candidato tucano, com uma suposta “bolinha de papel”. A Época por sua vez fez uma capa destacando o lado guerrilheiro da candidata. Não se sabe até que ponto tais posições foram fruto da opinião dos jornalistas -- colaboradores, segundo o Wikileaks -- da embaixada americana, ou da família Marinho.
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