O soldado israelense Gilad Shalit, de 25 anos, foi libertado nesta terça-feira (18/10) após mais de cinco anos de sequesto, cumprindo o acordo firmado entre Israel e o Hamas, segundo o qual Shalit seria trocado por 1.027 prisioneiros palestinos. A primeira etapa, iniciada nesta terça-feira, compreende a libertação de 477 prisioneiros palestinos acusados de terrorismo. Os outros 550 deverão ser soltos em até dois meses.
Shalit foi levado através da fronteira entre a Faixa de Gaza e a península do Sinai, do Egito, e entregue num posto de fronteira israelense a representantes do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), de onde foi conduzido a um helicóptero que o esperava para transportá-lo a uma base aérea israelense, onde se encontrou com seus pais.
"Eu espero que esse acordo ajude a alcançar a paz entre os dois lados, Israel e os palestinos", afirmou Shalit à televisão egípcia, em sua primeira entrevista desde a libertação. "Eu sinto que estou com boa saúde", disse ele em hebraico, através de um intérprete. O militar agradeceu a todos que trabalharam por sua libertação.
Segundo o soldado, os egípcios tiveram sucesso no acordo por terem boas relações com o Hamas e Israel. Ele disse que espera ver o restante dos prisioneiros palestinos libertados. "Eu ficaria muito feliz se todos fossem libertados, então eles poderiam voltar a suas famílias e a suas terras. Ficaria muito feliz se isso ocorresse", afirmou.
Por sua vez, Israel iniciou a entrega de presos palestinos também a representantes do CICV, em Kerem Shalom. Nesta primeira fase, 477 palestinos serão libertados. Cem pessoas que estavam em Ketziot já foram transferidas ao campo de Ofer. De lá, serão levados para Betunia, bem próximo de Ramala.
Além deles, 27 mulheres e 20 árabes israelenses e palestinos residentes e Jerusalém Oriental já foram transferidos para pontos da Cisjordânia e Israel. Os outros 334 foram transportados de ônibus também para a passagem de Kerem Shalom.
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